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Alguns sintomas como dor ao urinar, dor durante as relações sexuais ou dor na região pélvica podem ser indicativos de endometriose – doença inflamatória provocada por células do endométrio. O mundo atual e as transformações na vida das mulheres podem também interferir no surgimento desse quadro, uma vez que as mulheres têm iniciado o ciclo menstrual mais cedo e engravidado menos e mais tarde, aumentando o número de menstruações ao longo da vida, o que está diretamente ligado à patologia. Mas não apenas isso, a predisposição genética e os fatores ambientais, como poluentes que acumulam toxinas nos tecidos gordurosos da mulher, também podem influenciar. O Dr. Altamiro Ribeiro Dias Jr., chefe da oncologia pélvica e do Instituto de Endometriose do Hospital Santa Paula, esclarece o que é, os principais tipos, sintomas e tratamento. Saiba mais! O que é endometriose?A endometriose é uma doença causada quando o endométrio – camada que reveste a parte interna da cavidade uterina – encontra-se fora do útero. Principais tipos de endometriose:Sabia que existem diversos tipos de endometriose? Sim. Conheça os mais comuns. Endometriose superficialAcontece quando as células endometriais se desenvolvem no peritônio, membrana que reveste a parede abdominal e as vísceras. Pode provocar muitas dores e apresentar lesões cicatriciais ou ativas. Endometriose profundaQuando as células endometriais penetram em mais de 5 mm o peritônio. Sendo um tipo mais grave e com sintomas mais agressivos. Endometriose de paredeEsse caso acontece quando a endometriose infiltra na parede abdominal. Endometriose intestinalOcorre quando o tecido endometrial cresce na superfície ou dentro do intestino. Grande parte das mulheres com endometriose desse tipo também apresentam a doença ao redor da pelve, como, por exemplo, nos ovários e na bexiga. Endometriose no ovárioEsse tipo pode afetar o ovário de forma superficial ou provocar cistos endometrióticos. Quais são os sintomas de endometriose?Ao perceber sinais como os descritos a seguir, busque orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. Entre os sintomas mais comuns estão:
DiagnósticoPara detectar a doença, recomenda-se a realização de exame ginecológico e exames de imagem, como: ressonância magnética de pelve, ultrassom transvaginal com preparo intestinal e exames laboratoriais. O diagnóstico de certeza é feito somente por meio do estudo anatomopatológico (obtido com a cirurgia da remoção do foco suspeito). Quem tem endometriose pode engravidar?Pode engravidar sim, embora seja mais difícil de acontecer naturalmente, conforme a intensidade da doença. Isso porque a endometriose provoca uma inflamação da pelve, surgimento de aderências e eventual prejuízo nas trompas. Tratamentos para endometrioseO tratamento pode ser clínico (através de medicamentos) – a depender da intensidade dos sintomas – ou cirúrgicos, com remoção dos focos suspeitos. Segundo o Dr. Altamiro Ribeiro Dias Jr.: “A endometriose tem que ser vista como uma doença que pode acometer vários órgãos: bexiga, útero, ovários e intestino. Desta forma, é muito importante que a paciente seja orientada e abordada por uma equipe multidisciplinar, que poderá oferecer o tratamento mais adequado”. O Instituto de Endometriose do Hospital Santa Paula conta com médicos das mais diversas especialidades, aptos e experientes na abordagem de pacientes endometrióticas.
Muita dor durante e entre os ciclos menstruais, ou ao evacuar e urinar ou nas relações sexuais: a origem de tanto desconforto pode ser a reação inflamatória crônica que a endometriose causa. Definida como a presença de células do tecido que reveste o útero fora dele, essa enfermidade pode levar até 7 anos para ser diagnosticada. Considerada a segunda doença ginecológica mais frequente entre as mulheres, ela afeta de 10% a 15% delas durante a idade reprodutiva, e pode aparecer já na adolescência. As causas da doença não estão totalmente esclarecidas, mas existem evidências de que ela decorra de fatores ambientais e genéticos, entre outros. A endometriose é considerada uma doença crônica progressiva, portanto, não tem cura. Essa é a razão pela qual os especialistas afirmam que, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de controle da doença. As estratégias terapêuticas se fundamentam em medicamentos, mudanças no estilo de vida e cirurgia, e têm taxas elevadas de solução do problema. RelacionadasEndometriose: sintomas, causas, tratamento e maisO que é endometriose?Ela é definida como uma enfermidade de origem inflamatória provocada por células do endométrio (o tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas no período menstrual, movimentam-se no sentido contrário, ou seja, para fora do útero, caem nos ovários ou na cavidade abdominal, e podem causar sangramento e dor, além de dificuldade para engravidar. Sintomas da endometrioseEles variam de pessoa a pessoa, e podem até não se manifestar (são assintomáticos). Quando eles estão presentes, os principais são dor pélvica crônica e redução da fertilidade, mas também podem ser observados os seguintes quadros:
Causas da endometrioseAté o momento, a origem dessa doença não está totalmente esclarecida, mas existem hipóteses de que ela se relaciona a vários fatores ambientais (como o estresse) e genética, bem como parece decorrer das seguintes condições:
Engordar pode ser considerado um sintoma da doença?De acordo com a ginecologista e obstetra Fernanda Schier de Fraga, professora da Escola de Medicina da PUC-PR, engordar não é um sintoma característico da endometriose. "Apesar disso, a inflamação na região do abdome pode levar ao estufamento local, o que é, por vezes, interpretado como aumento da circunferência abdominal", conclui a especialista. Existem diferentes tipos de endometriose?Sim. "Quando a doença está mais avançada, ela pode se infiltrar profundamente nos ovários, no intestino e até na bexiga, o que leva a sintomas mais graves, como sangramento intestinal, urinário e até obstrução intestinal", diz Juliane Dornelas, mestre e doutora em ginecologia pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). Nessas situações, a endometriose será classificada de acordo com as regiões nas quais o tecido avançou. Confira:
Pode engravidar com endometriose?Sim. Apesar disso, a dificuldade para engravidar pode estar presente e se relaciona a alterações anatômicas decorrentes das aderências típicas da enfermidade e da inflamação que ela causa na cavidade abdominal. A boa notícia é que, em 50% a 70% dos casos, é possível engravidar espontaneamente (a chance de precisar de ajuda médica para esse fim é de 30% a 50%, especialmente nos quadros de doença avançada). Nessas situações, as opções são a reprodução assistida ou a cirurgia. Como é feito o diagnóstico de endometriose?Na hora da consulta, o médico irá ouvir a sua queixa, levantará seu histórico de saúde e fará o exame ginecológico. Boa parte dos especialistas afirma que é possível fazer o diagnóstico apenas com esses dados porque os sintomas da endometriose são bastante característicos e, portanto, ele seria clínico. Já outros profissionais acreditam que esses dados não são suficientes e que exames de imagem podem ser grandes aliados. Nesse casos, eles solicitam um mapeamento de endometriose, o que se faz por meio de ultrassom transvaginal especializado (não é o mesmo exame de rotina) e a ressonância magnética da pelve. Como é o tratamento da endometriose?Ele é personalizado e se fundamenta em três pilares: medicamentos, mudanças no estilo de vida (atividade física e dietas) e cirurgia. Como a endometriose é uma doença crônica, isto é, não tem cura, o objetivo do tratamento clínico medicamentoso visa controlar a sua progressão, aliviando a dor pélvica a ela associada. Ele é considerado eficaz, com taxas de sucesso de 80% e 100% de melhora, além de períodos sem manifestação de sintoma (por até 2 anos). Para esse fim, poderão ser indicados os seguintes fármacos:
"Vale ressaltar que o tratamento de endometriose varia de acordo com a intensidade e a intenção de engravidar. Para casais que desejam ter filhos, a cirurgia costuma ser a melhor indicação, pois evidências apontam melhora na fertilidade. A opção mais comum é não tratar a endometriose e, sim, utilizar algum método de reprodução assistida, como a fertilização in vitro", considera Michele Panzan, especialista da Huntington Medicina Reprodutiva, clínica referência em reprodução assistida. "Como cada caso tem um desenvolvimento diferente, é essencial procurar um especialista em reprodução assistida e ver qual a melhor opção." Quando a cirurgia é indicada?Para um terço das pacientes, o tratamento com medicamentos não leva ao resultado esperado e/ou apresenta efeitos adversos que atrapalham a qualidade de vida. Para estas, a cirurgia será a melhor opção de tratamento, que também é indicada nas seguintes situações:
O que esperar da cirurgia de endometriose?O procedimento deve ser realizado em ambiente hospitalar e é preferível optar por técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia. A anestesia utilizada é a do tipo geral. A prática promove a retirara completa das lesões com menor risco de traumas nos tecidos circundantes e, por vezes, requer o auxílio de outros especialistas como urologistas e coloproctologistas. Na maioria das vezes, a paciente pode voltar às atividades após 15 dias (a depender de sua profissão). Endometriose pode voltar após a cirurgia?Sim. O objetivo da intervenção cirúrgica é a retomada da qualidade de vida com a ausência de cólica e dores durante a relação sexual. Na maioria dos casos, o resultado é satisfatório. Mas existe a possibilidade de que a doença volte no futuro. Endometriose tem cura?Não. A endometriose é uma doença crônica progressiva. Por isso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de controle dos sintomas e da doença. FontesFernanda Schier de Fraga, médica ginecologia, obstetra e professora da Escola de Medicina da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); JulianeDornelas, mestre e doutora em ginecologia pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e coordenadora da laparoscopia do Hospital Universitário Lauro Wanderlei, da UFPB, que integra a rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Michele Panzan, especialista da Huntington Medicina Reprodutiva, clínica referência em reprodução assistida no Brasil. Revisão médica: Fernanda Schier de Fraga. Referências: Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); OMS (Organização Mundial da Saúde); Silva, Julio C. R etal. Endometriose Aspectos clínicos do diagnóstico ao tratamento. Femina, São Paulo, Vol. 49, número 3, p. 134-140, 2021; Tsamantioti ES, Mahdy H. Endometriosis. [Atualizado em 2022 Feb 19]. In: StatPearls [Internet]. TreasureIsland (FL): StatPearlsPublishing; 2022 Jan-. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK567777/. O que a endometriose pode causar no corpo?A endometriose é mais frequente do que imaginamos e pode ser a causa de dores abdominais, cólicas menstruais, TPM intensa, infertilidade, alterações do hábito intestinal, dentre outros problemas de saúde.
Como é as dores de quem tem endometriose?A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.
Quando suspeitar de endometriose?Diagnóstico da endometriose
A suspeita ocorre a partir das queixas clássicas de cólica menstrual progressiva, dor pélvica, dispareunia e infertilidade, sendo que até um terço das mulheres pode ser assintomática.
Quais os primeiros sinais de endometriose?De um modo geral, os principais sinais e sintomas da endometriose são dor em forma de cólica cuja localização dependerá do órgão acometido, dispareunia (dor durante a relação sexual), presença de massa na região pélvica, cólica menstrual intensa, sangramento menstrual excessivo, dor para urinar e/ou evacuar, ...
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