O estudo, divulgado nesta segunda-feira (6), foi feito com base na revisão de mais de 15 mil pesquisas científicas e fontes governamentais. Os cientistas destacam cinco principais causas de mudanças de grande impacto na natureza nas últimas décadas: Show
Desde 1900, a média de espécies nativas na maioria dos principais habitats terrestres caiu em pelo menos 20%. Mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 33% dos corais e mais de um terço de todos os mamíferos marinhos estão ameaçados . Pelo menos 680 espécies de vertebrados foram levadas à extinção desde o século 16. “Ecossistemas, espécies, populações selvagens, variedades locais e raças de plantas e animais domesticados estão diminuindo, deteriorando-se ou desaparecendo. A rede essencial e interconectada da vida na Terra está ficando menor e cada vez mais desgastada ”, disse o Prof. Josef Settele, um dos pesquisadores que participou do relatório. “Esta perda é um resultado direto da atividade humana e constitui uma ameaça direta ao bem-estar humano em todas as regiões do mundo ”, disse o Prof. Settele, um dos participantes do estudo. O relatório diz ainda que desde 1980 as emissões de gás carbônico dobraram, levando a um aumento das temperaturas do mundo em pelo menos 0,7 ºC. Ainda de acordo com os cientistas, a perda de biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de desenvolvimento, econômica, de segurança, social e moral. Segundo o relatório, as atuais tendências negativas impedirão em 80% o progresso das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, relacionadas a pobreza, fome, saúde, água, cidades, clima, oceanos e terra. Casal de arara-de-lear: diversos animais correm risco de extinção — Foto: Marcelo Brandt/G1 Três quartos do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marinho foram significativamente alterados por ações humanas. Em média, essas tendências foram menos severas ou evitadas em áreas mantidas ou gerenciadas por povos indígenas e comunidades locais. Além disso, um terço das áreas terrestres e 75% do uso de água limpa é para plantação e criação de animais para alimentação. O valor da produção agrícola aumentou cerca de 300% desde 1970, a derrubada de madeira aumentou 45% e aproximadamente 60 bilhões de toneladas de recursos renováveis e não renováveis são extraídos globalmente a cada ano. Veja outros pontos destacados pelo relatório:
Poluição em praia de Bali, na Indonésia — Foto: Maxim Blinko v/Shutterstock.com Ainda dá tempoApesar das notícias não serem boas, o relatório aponta caminhos para uma mudança. Governos devem trabalhar em conjunto para a implementação de leis e produção mais sustentável. Segundo o relatório, é possível melhorar a sustentabilidade na agricultura, planejando áreas de plantação para que elas forneçam alimentos e ao mesmo tempo apoiem as espécies nativas. Outras sugestões incluem a reforma de cadeias de suprimento e a redução do desperdício de alimentos. Além disso, para preservar a vida marinha, o relatório sugere cotas de pesca efetivas, demarcação de áreas protegidas e redução da poluição que vai da terra para o mar. 06/03/2018Desaparecimento de esp�ciesAção humana aumenta em mil vezes a rapidez do desaparecimento de espéciesIntervenções do homem na natureza fazem com que a biodiversidade do planeta desapareça a uma taxa mil vezes mais rápida do que a estimada para um cenário sem a ameaça de atividades humanas. O alerta é da vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, que fez um pronunciamento. No último sábado (03) foi o Dia Mundial da Vida Selvagem. Entre os problemas por trás da extinção de espécies, estão a destruição e degradação de habitats, as mudanças climáticas, o tráfico ilícito de animais e plantas silvestres e conflitos entre o homem e o meio ambiente. “Essas causas também estão associadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e não podem ser vistas isoladas deles”, afirmou Amina. Como exemplo, a dirigente lembrou o Objetivo de nº 1, que prevê a eliminação da miséria. “A pobreza pode ser a causa da perda de biodiversidade, como vemos com a caça ilegal e o uso insustentável da terra, incluindo a derrubada e queimada de florestas, o comércio ilegal de madeira e o sobrepastoreio”, disse a dirigente. “A perda da biodiversidade, por sua vez, aumenta a pobreza, uma vez que os ecossistemas se esgotam e se tornam incapazes de sustentar vidas e prover meios de subsistência.” Amina defendeu que a comunidade internacional “tem de trabalhar obstinadamente para aprimorar a conservação da biodiversidade e para eliminar a ingerência, o comércio ilícito, a corrupção e o tráfico”. “É por isso que temos o ODS de nº 15, para proteger, restaurar e promover o uso sustentável de ecossistemas terrestres, administrar sustentavelmente as florestas, combater a desertificação e reverter a degradação da terra”, acrescentou. Grandes felinos em riscoA vice-chefe das Nações Unidas também chamou atenção para os riscos de extinção enfrentados pelos grandes felinos, como os leopardos, onças, jaguares, guepardos, leões e tigres. “Há apenas um século, havia 100 mil tigres selvagens vivendo na Ásia. Hoje, existem pouco mais de 4 mil”, lembrou Amina, que cobrou mais compromisso de países e comunidades pela proteção dessas espécies. “Os grandes felinos são espécies centrais. Protegê-los também significa proteger os vastos habitats em que eles vivem e a ampla variedade de vida que abrigam”, defendeu a dirigente. “A solução para salvá-los, bem como todas as outras espécies ameaçadas ou em perigo, é a conservação baseada na ciência e no Estado de Direito.” Na avaliação da subsecretária, é necessário um novo paradigma de desenvolvimento, que não considere a conservação da natureza como elemento antagônico ao crescimento econômico. “As soluções vão além da adoção de leis rigorosas e do estabelecimento de áreas protegidas nacionais. Precisamos de novas formas de parceria entre governos, conservacionistas e comunidades locais para lidar com a conservação da vida silvestre como uma fonte de oportunidades e estabilidade econômica.” Amina concluiu sua declaração enfatizando que a conservação da vida selvagem é uma “responsabilidade compartilhada” e que todos — consumidores, legisladores e gestores políticos e o setor privado — têm um papel a cumprir na proteção do patrimônio natural do planeta. Esta notícia foi publicada em 06/03/2018 no site envolverde.cartacapital.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor. Recomendar esta not�cia via e-mail: Quais são as consequências do desaparecimento das espécies de plantas e animais?As principais consequências da extinção de espécies são a perda de biodiversidade, a redução do fundo genético global do planeta, a diminuição do número de recursos naturais e de variedade alimentar, a redução da capacidade de autorregulação dos ecossistemas e a aceleração da extinção de outras espécies, já que nenhuma ...
Quais são as causas e as consequências da extinção dos animais?Estima-se que as espécies viventes hoje não correspondam a nem 1% do número de espécies que viveram no planeta. A extinção pode ocorrer por vários motivos, dentre eles, destacam-se a destruição do habitat, competição, doenças, caça e matanças deliberadas, mudanças ambientais drásticas e catástrofes ambientais.
Quais são as consequências da extinção desses animais?A extinção do animal pode causar grande desequilíbrio ambiental em todo o bioma, pois ele faz parte do topo da cadeia alimentar de toda a região e é o predador natural de herbívoros, como veados e capivaras.
Quais são as principais causas de extinção de algumas espécies?Em linhas gerais, as espécies se extinguem pelas seguintes causas:. Fenômenos demográficos e genéticos.. Destruição de habitats silvestres.. Introdução de espécies invasoras.. Mudanças climáticas.. Caça e tráfico ilegal.. |