Qual a importância de respeitar o patrimônio natural e minimizar os impactos de degradação ambiental durante as práticas corporais de aventura na natureza?

Qual a importância de respeitar o patrimônio natural e minimizar os impactos de degradação ambiental durante as práticas corporais de aventura na natureza?

As práticas corporais relacionadas às atividades de aventura, como o surfe, trekking, skate, canoagem, paraquedismo, escalada, parkour
e slackline, têm se tornado uma característica da atualidade. Foi a superação de obstáculos naturais que forçou a humanidade a criar técnicas e
equipamentos no caminhar destes séculos, os quais serviram de base para as aventuras realizadas hoje em dia, por esportistas ou por interessados em
aventuras em finais de semana. Indivíduos em busca de um retorno à essência humana, de reaproximação ao meio natural e ao desejo do desafio e
superação de limites.
Essas atividades de aventura vêm sendo realizadas por pessoas de diferentes faixas etárias, inclusive crianças, adolescentes e jovens. Em diversos países
como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha e Austrália, os praticantes destas atividades são dezenas de milhões, sendo que, no Brasil, os números também
são expressivos. O skate, segundo o site da Confederação Brasileira de Skate, está presente em quase 3.200.000 domicílios. Nessas residências, pelo menos
um morador possui um skate, ou seja, aproximadamente 6% dos domicílios brasileiros conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra
modalidade que figura no ideário de outros tantos é o surfe, que possui um número de praticantes similar ao dos praticantes de skate no Brasil (ABRASP, 2010
apud MIRANDA, 2011). Além dessas, outras atividades que possuem um crescente número de praticantes e interessados e têm auxiliado a difundir essas práticas
no país são o trekking, arvorismo, slackline, stand up paddle e o mountain bike.
Isso tudo em um país com características geográficas e climáticas propícias para essas práticas. De fato, o Brasil conta com mais de 8 mil km de litoral, que
se somam a números expressivos de morros, rios, lagos, lagoas, cavernas e cachoeiras. Além disso, muitas estruturas existentes em meios urbanos favorecem a
realização de atividades de aventura. Potencialidades consideráveis para a expansão das práticas de aventura que podem ser exploradas em aulas de Educação
Física.

Como ensinar as práticas corporais de aventura: a questão da segurança, riscos e seu gerenciamento.
Diversos aspectos das práticas corporais de aventura possuem considerável relevância e merecem a atenção dos professores e praticantes. Entre estes
aspectos, salienta-se a presença de riscos, algo característico nessas modalidades, como a possibilidade de quedas durante a realização de manobras de skate, entre
outros, os quais tornam necessária sua adequada gestão. Dessa forma, eleva-se a possibilidade da obtenção dos objetivos,
paralelamente à redução de riscos indesejados.
As práticas corporais de aventura possuem forte relação com os riscos, gerando a demanda por esforços estruturados que superem a simples intencionalidade
de promover práticas seguras. Portanto, torna-se relevante a compreensão destes riscos, que podem ser conceituados como o efeito das incertezas sobre os objetivos
estabelecidos e variam de acordo com cada atividade, também podendo ser subjetivos, quando relacionados às percepções dos praticantes, ou reais, quando
relacionados aos riscos existentes em determinados momentos.
A presença de riscos não impede a realização das práticas corporais de aventura, pois os riscos são inerentes a estas atividades e se relacionam a aspectos
potenciais e motivacionais, entretanto, geram a necessidade de abordagens específi cas de gerenciamento. Estas abordagens podem ser compreendidas como um
conjunto coordenado de atividades e métodos, os quais buscam controlar os riscos que podem afetar a capacidade de atingir os objetivos estabelecidos.

Práticas corporais de aventura: relações com o tema transversal Meio Ambiente

A promoção de intervenções de educação ambiental em atividades de aventura, como a
adoção de práƟ cas de mínimo impacto ambiental, permite a ampliação do caráter educacional destas aƟ vidades e o desenvolvimento de competências relevantes
para a melhoria e manutenção da qualidade do meio ambiente.

Entre as abordagens de educação ambiental realizadas no contexto das práticas corporais de aventura, destacam-se a compreensão de possíveis mudanças
indesejadas produzidas pela ação do ser humano no meio ambiente, ou impactos ambientais gerados pelas atividades de aventura e a aplicação de práticas que possam minimizar tais mudanças. Os impactos ambientais promovidos por práticas de aventura têm sido o foco de um número expressivo de estudos nas
últimas décadas e, de acordo com The Leave no Trace Center for Outdoor Ethics (2013), podem se relacionar aos seguintes aspectos: ‘solo’, exemplificado pela
compactação de locais devido à utilização descontrolada dos mesmos; ‘vegetação’, como a destruição de árvores e arbustos; ‘animais silvestres’, em que os
exemplos mais expressivos se relacionam com a aproximação desnecessária ou a entrega de alimentos não adequados a esses animais; ‘recursos hídricos’, como
ocorre em locais contaminados e poluídos pela presença de resíduos produzidos pelos seres humanos; ‘recursos culturais’, que podem ser exemplificados pela
destruição de estruturas os espaços de valor histórico e cultural; ‘questões sociais’, em que o exemplo mais marcante se relaciona com a partilha de espaços ao ar
livre, ou seja, pelos diferentes objetivos dos indivíduos que buscam praticar atividades nos mesmos locais e momentos.
Dessa forma, propostas educacionais focadas em práticas de mínimo impacto ambiental nas atividades corporais de aventura tornam-se de grande valia
e podem ser exemplificadas pelos Princípios de Não Deixar Rastro (Leave no Trace Principles – Frountcountry Aproach), como apresenta Tilton (2003):
a) Conhecer antes de ir – que foca no levantamento de informações (Internet, outros professores, praticantes) relacionadas aos espaços que serão
empregados para o desenvolvimento das atividades (condições locais, restrições existentes, dias e horários de funcionamento), à previsão meteorológica,
às características da atividade e ao grupo envolvido, enfim, enfatizando a relevância da preparação e planejamento para a realização de qualquer
prática de aventura;
b) Permanecer nas trilhas e acampar em locais permitidos – ressalta a importância da utilização de locais adequados e/ou previamente determinados
para a realização de atividades de aventura, de modo a se evitar a criação desnecessária de novos espaços ou trilhas;
c) Dar um fi m apropriado aos resíduos produzidos – enfatiza a necessidade de organizar as atividades de modo a empregar, sempre que possível,
sanitários existentes nas áreas de prática, o compromisso de que tudo que for levado para a natureza, deva ser trazido de volta (cascas de frutas,
embalagens de comida, garrafas de água) e encaminhado adequadamente, ou seja, salienta a responsabilidade do praticante de atividades de aventura,
em relação aos resíduos ou ‘lixos’ produzidos;
d) Deixar os locais como foram encontrados – ou seja, buscar não alterar os locais empregados para as práticas, prevenindo danos permanentes às
árvores, aos arbustos, aos locais e objetos de valor histórico e/ou cultural, além de permitir a satisfação e o senso de descoberta de outros indivíduos,
quando da visitação dos mesmos locais em outros momentos;
e) Permitir que os animais silvestres mantenham-se silvestres – salienta a importância de não interferir desnecessariamente em ecossistemas (ex.: não
alimentar animais silvestres e os observar sempre à distância), o que também é uma forma de manter a segurança dos praticantes de atividades de
aventura;
f) Compartilhar as trilhas e cuidar dos animais de estimação – ou seja, considerar e respeitar os demais, pois as pessoas possuem diferentes formas
de apreciar as atividades realizadas na natureza, além de manter animais de estimação sob controle e recolher seus dejetos, caso estejam presentes
durante as práticas de aventura.
Além desses aspectos, as práticas corporais de aventura podem insuflar discussões e projetos de sustentabilidade, como a reutilização de materiais,
equipamentos e estruturas, levando os alunos a refletirem sobre os preceitos da educação ambiental.

Referência bibliográfica: http://www.esporte.gov.br/arquivos/snelis/segundoTempo/livros/lutasCapoeiraPraticasCorporais.pdf

Vídeos de algumas modalidades:

CAVING:

CORRIDA DE AVENTURA

SLACKLINE

SKATE:

TRILHA DE MOTO

PARKOUR

Como respeitar o patrimônio natural e minimizar degradação ambiental durante a prática do esporte de aventura?

1) As práticas de aventura de fato são muito interessantes e sua prática tem o papel de também zelar pela natureza, dessa modo a minimização dos impactos ambientais pode se dar através de atos simples como por exemplo levar um saco de lixo para descartar o lixo acumulado ao longo da prática em um local adequado.

Qual a importância de preservar o meio ambiente para as práticas corporais de aventura?

É inegável não reconhecermos que o meio ambiente natural, ao se tornar indispensável para as práticas corporais de aventura, há de implicar a necessidade de uma conservação ambiental bem como de um processo educativo (educação ambiental), no qual se exercitem a compreensão e o conhecimento das relações estabelecidas ...

Qual é a importância das práticas corporais de aventura na natureza para minimizar esses problemas?

As práticas corporais de aventura na natureza além de promoverem o bem estar físico e mental, devem ser um caminho para promoção de ações ambientais nas quais os alunos possam construir os conhecimentos necessários para a conscientização e modificação de atitudes e comportamentos que poderão resultar na preservação e ...

Qual a importância da conscientização da preservação do patrimônio público para as práticas corporais de aventura?

Por um lado, pode, por exemplo, aumentar a consciência ecológica dos envolvidos com a prática esportiva, pode inibir a ação predatória em seus locais de prática e contribuir para a melhoria da qualidade de vida.