Qual é a importância econômica dos países do Oriente Médio?

Mestrado em Geografia (UFSC, 2015)
Graduação em Geografia (UFSC, 2012)

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A Ásia é o maior continente do mundo e abriga a maior parte da população mundial, com grandes disparidades econômicas e culturais. Neste artigo, utilizaremos o aspecto geográfico como fator de regionalização, dividindo em seis regiões.

Os países do Oriente Médio têm na exploração de petróleo sua principal fonte de riqueza, detendo 60% das reservas mundiais dessa fonte energética. Muitos países fazem parte do bloco econômico chamado Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, que regula o preço do petróleo no mundo. Estes países possuem poucas indústrias que não estejam ligadas a essa atividade. A população que não faz parte da extração é absorvida pela agropecuária, que utiliza pouca tecnologia, ou pela pequena indústria têxtil e alimentícia. Israel é a única exceção a esse cenário, já que possui uma economia industrial diversificada e de alta tecnologia, o mesmo acontece com a agricultura israelita, apesar das dificuldades impostas pelo clima e pela pequena disponibilidade de recursos naturais. O turismo é outra atividade rentável para os países do oriente médio.

A região do sul da Ásia está entre uma das mais pobres no mundo, e sua economia depende basicamente do setor primário – ou seja, agricultura e extração de matérias primas – principalmente chá, algodão, trigo, juta, arroz, tabaco, milho e cana-de-açúcar, em regime de monocultivos de exportação. Há exceções a esse cenário, como Bangladesh, que é um dos maiores exportadores de produto têxtil no mundo. Devido à mão de obra barata, muitas empresas estrangeiras produzem suas roupas neste país. A Índia é outra exceção, com uma população de 1,3 bilhão de pessoas e um grande investimento em educação, transformou-se no segundo maior exportador de softwares no mundo, atrás apenas dos EUA.

O norte da Ásia é composto pela Rússia e pela Mongólia. A opção pela indústria de base em detrimento da de bens e serviços na antiga URSS, fez com que a indústria russa hoje sofra para se adaptar à economia de mercado. As reformas neoliberais desmontaram a economia russa, mergulhando assim a Rússia numa grande recessão. A Rússia tem na exportação de petróleo e gás natural sua principal fonte de receita nos dias de hoje. A Mongólia é um país com grandes dificuldades econômicas, sofrendo para se adaptar à economia de mercado, e tem no setor primário sua principal fonte de riqueza, principalmente a atividade pastoril e exploração de ouro, cobre e urânio.

O extremo oriente é a região mais rica da Ásia, possuindo duas grandes potências econômicas, a China e o Japão, segunda e terceira maiores economias mundiais. As economias na região se caracterizam por produtos industrializados de alta tecnologia (Japão e Coreia do Sul) e produtos de baixo valor agregado (China). O grande trunfo da China é seu grande contingente populacional, que gera um grande mercado interno e oferta de mão de obra.

A economia da Ásia central está ligada ao setor primário da economia, com a agropecuária ocupando um espaço importante. Os principais produtos agrícolas são o algodão e frutas, que necessitam de um sistema de irrigação para manter sua produtividade. Na agropecuária podemos observar uma grande importância dos rebanhos caprinos e ovinos. O setor de extração mineral possui importância principalmente pela extração de petróleo, gás mineral, carvão mineral e minério de ferro. Existem ainda algumas indústrias de beneficiamento desses minerais, mas sem muita expressão.

O sudeste asiático tem uma economia voltada para o setor primário, com grande produção de arroz e borracha (Tailândia, Indonésia e Malásia), além de petróleo (Indonésia). A atividade industrial é significativa em Cingapura – com um dos portos mais movimentados do mundo – e Malásia, países com reconhecido crescimento econômico e importância no comercio mundial.

Fontes:
http://paiseseviagens.com/asia/india/resumo-geral-sobre-economia-da-india.htm
http://asia-central9b.blogspot.com.br/2011/09/economia_24.html
http://sudesteasiatico9bcodap.blogspot.com.br/2011/09/economia.html
http://aprendizesgeograficos.blogspot.com.br/2014/06/economia-e-sociedade-do-extremo-oriente.html
http://reporterbrasil.org.br/2013/05/tragedia-em-bangladesh-simboliza-despotismo-do-lucro/
http://www.geografiaopinativa.com.br/2013/07/economia-da-asia.html
http://f1colombo-geografando.blogspot.com.br/2012/04/economia-asiatica.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/economia-da-asia/

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Oriente Médio

Qual é a importância econômica dos países do Oriente Médio?

Gentílico médio-oriental[1]
Países 18 (ver)
Idiomas Oriente Médio: Árabe, Aramaico, Copta, Azeri, Grego, Hebraico, Curdo, Persa, Turco
Grande Oriente Médio: Árabe, Armênio, Aramaico, Copta, Azeri, Balúchi, Grego, Dari, Georgiano, Hebraico, Curdo, Pachto, Persa, Panjabi, Turco, Urdu
Fusos horários UTC +2:00 (Egito) a UTC +3:30 (Irã)
Maiores cidades Em ordem de classificação: Cairo, Istambul, Teerã, Bagdá, Riad, Ancara, Jidá

O Médio Oriente (português europeu) ou Oriente Médio (português brasileiro) (em árabe الشرق الأوسط, ash-sharq-al-awsat) é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do mar Mediterrâneo. É um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao golfo Pérsico. O Oriente Médio é uma sub-região da Afro-Eurásia (partes da Turquia estão na Europa, e o país é considerado por alguns como parte da última), sobretudo da Ásia, e partes da África setentrional. Comparada com o restante da Ásia, é uma região geograficamente pequena, com uma área aproximada de 7 200 000 km². A população do Oriente Médio é de 270 milhões de habitantes.[2]

História[editar | editar código-fonte]

O Oriente Médio fica na junção da Eurásia, da África, do mar Mediterrâneo e do Oceano Índico. É o local de nascimento e centro espiritual do cristianismo, islamismo, judaísmo, yazidi, mitraísmo, zoroastrismo, maniqueísmo e bahá'i. Ao longo de sua história, o Oriente Médio tem sido um grande centro de negócios do mundo, uma área estratégica, económica, política, cultural e religiosamente sensível.

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As primeiras civilizações da Mesopotâmia e do Antigo Egito, originaram-se no Crescente Fértil e em regiões do vale do Nilo do antigo Oriente, assim como as civilizações do Levante, Pérsia e da Arábia. O Oriente Médio foi unificado pela primeira vez sob o Império Aquemênida seguido mais tarde pelo Império Macedônio e império iranianos, a saber, o Império Parta e o Império Sassânida. No entanto, seriam os califados árabes na Idade Média ou idade de ouro islâmica, que primeiramente iriam unificar todo o Oriente Médio como uma região distinta e criar a identidade étnica dominante que persiste até hoje. Os turcos seljúcidas, o Império Otomano e os safávidas também depois dominariam a região.

O moderno Oriente Médio surgiu após a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano acabou e a Palestina passou a ser administrada pela Inglaterra. Isso fez com que os conflitos entre árabes e judeus se intensificassem ainda mais. A Inglaterra apoiava o movimento sionista, criado para fundar um Estado Judaico na Palestina que era considerada o berço do povo judeu,[3] que vinha sofrendo perseguições em todo o mundo, mas sem violar os direitos dos Palestinos que já viviam ali. Assim na década de 20 ocorreu uma grande migração de judeus para a Palestina.

Após a Segunda Guerra Mundial e o fim do Holocausto (que matou mais de 6 milhões de judeus), a Organização das Nações Unidas aprovou em 1947, a criação de dois estados: um judeu (ocupando 57% da área) e outro Palestino (ocupando o resto do território). Essa partilha de terras desagradou os Palestinos (árabes). Em 1948 quando os ingleses desocuparam a região, os judeus criaram o Estado de Israel sendo que um dia depois, os árabes insatisfeitos com a partilha declararam guerra. Acabou que os árabes foram derrotados e esse conflito fez Israel conseguir aumentar seu território de 57% para 75%.

No século XX, ações importantes da região do petróleo deu-lhe nova importância estratégica e econômica. A produção em massa do petróleo começou por volta de 1945, com a Arábia Saudita, Irã, Kuwait, Iraque e Emirados Árabes Unidos com grandes quantidades de petróleo. As reservas de petróleo estimadas, especialmente na Arábia Saudita e Irã, estão entre as maiores do mundo, e o cartel internacional do petróleo da Opep é dominado por países do Oriente Médio.[3][4]

Durante a Guerra Fria, o Oriente Médio foi um teatro de luta ideológica entre as duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética, que competiam por zonas de influências e aliados regionais. É claro que, além dos motivos políticos, houve também o "conflito ideológico" entre os dois sistemas. Neste quadro contextual, os Estados Unidos procuraram desviar o mundo árabe da influência soviética.

Desde o final da Segunda Guerra Mundial, a região tem tido períodos de relativa paz e tolerância, pontuada por conflitos e guerras como a Guerra do Golfo, a Guerra do Iraque, o conflito árabe-israelense, as invasões americanas ao Iraque e Afeganistão e o atual conflito na Síria. Além disto, também atualmente, acusações contra o programa nuclear do Irã aumentam ainda mais a instabilidade da região.

Geografia[editar | editar código-fonte]

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O clima predominante no Oriente Médio é seco (desértico) e a região apresenta poucos rios. Os maiores e mais importantes são o Tigre e o Eufrates, entre os quais há a Mesopotâmia, região muito fértil para a agricultura e berço da civilização mesopotâmica.[carece de fontes]

Mesmo atravessando uma região árida, de poucas chuvas, os rios Tigre e Eufrates não secam, porque suas nascentes encontram-se numa região de muita chuva na Turquia. A água é um recurso natural muito escasso no Oriente Médio. Há previsões de que nesse século haverá muitas guerras e conflitos pela posse da água. Muitos países precisam importá-la ou dessalinizar água do mar para obter água potável. Essas medidas, contudo, são caras.[carece de fontes]

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o predomínio de uma paisagem vegetal marcada pela presença de espécies xerófilas (nas áreas de clima árido) ou de estepes e pradarias (nas áreas de clima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea, apresentam climas um pouco mais úmidos, onde há presença de formações vegetais arbustivas. A vegetação da região ocidental esta baseada em xerófitas e estepes, vegetação rala e seca com baixa produtividade agrícola.

Demografia[editar | editar código-fonte]

O Oriente Médio destaca-se pela variedade de etnias, origens, com culturas e religiões diversas. A etnia predominante é a árabe. Israel, Turquia, Chipre e Irã são países não árabes.

A população conta com 320 milhões de habitantes que são, em sua maioria, de origem arábica. O Oriente Médio, conta também com turcos, persas, judeus e curdos. A densidade demográfica é mediana e os países mais populosos da região são Irã e a Turquia que somam cerca de 140 milhões de habitantes, ultrapassando 50% de toda a população do Oriente Médio. Há países, porém, que tem sua população bem restrita; é o caso do Catar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait, que juntos não somam nem oito milhões de habitantes. A estrutura etária da população é formada, em sua maioria, por jovens. A maioria dos países possui o IDH médio ou alto. O Oriente Médio é o berço das três principais religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.

Territórios e regiões[editar | editar código-fonte]

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  Definição tradicional do Oriente Médio

  Ásia Central (algumas vezes associada ao Grande Oriente Médio)

O termo Oriente Médio define uma área de forma pouco específica, ou sem definição de fronteiras precisas. Geralmente considera-se incluir:

Destes, os únicos países não totalmente asiáticos são o Egito (que tem seu território da península do Sinai na Ásia mas é majoritariamente africano) e a Turquia (majoritariamente asiático, mas com a Trácia incluída na Europa).[carece de fontes]

O Paquistão é considerado parte intersecional entre o Subcontinente Indiano e a Ásia Meridional ou sul da Ásia, mas raramente no Oriente Médio.[carece de fontes]

Política[editar | editar código-fonte]

O Oriente Médio é uma das regiões mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para esse fato, como sua própria história e posição no contexto geopolítico mundial, no contato entre três continentes (Europa, Ásia, África); suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados são dependentes de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, como o petróleo e gás.[2] Existe uma pluralidade de formas de governo; monarquistas (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã e Jordânia), nacionalismo árabe (Síria e Egito são repúblicas onde há eleição e partidos políticos e Iémen, apesar que nos últimos anos está com um governo provisório[5]), república teocrática (Irão), república parlamentarista (Líbano, Iraque e Turquia), emirado constitucional (Kuwait) e democracia parlamentar (Israel).

Economia[editar | editar código-fonte]

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O Oriente Médio está sobre uma dobra tectônica que se inicia na Mesopotâmia e se prolonga até o golfo Pérsico. Nela, encontra-se uma magnífica reserva de petróleo, que representa 60% das reservas mundiais desse minério. Os principais países exportadores de petróleo são: Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições para a formação, na década de 1960, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).[2] As elevadas rendas per capita do Kuwait e da Arábia Saudita revelam que esses países obtêm muito lucro com a venda de petróleo, entretanto, a população dos países petrolíferos é, em geral, pobre, fato que decorre da má distribuição de renda.[carece de fontes]

Embora o predomínio de climas áridos e semiáridos no Oriente Médio prejudique o desenvolvimento da agropecuária, ela é outra atividade econômica importante na região. Ela é realizada predominantemente de forma tradicional, com uso de pouca tecnologia e mecanização, e incorpora até 40% da população economicamente ativa.[2] A atividade econômica tradicional do Oriente Médio é o pastoreio nômade. Destacam-se as criações de carneiros, cabras e camelos em áreas desérticas. Na Planície Mesopotâmica, também conhecida como "crescente fértil", cultivam-se frutas, arroz, trigo e cana-de-açúcar, utilizando-se a técnica de irrigação. Na região mediterrânea, destacam-se culturas comerciais como oliveira, fumo, trigo e tâmara.[carece de fontes]

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O turismo é também um segmento econômico importante para alguns países do Oriente Médio, como Israel e Turquia - que juntos recebem cerca de 2,5 milhões de turistas por ano.[2] Já o setor industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há refinarias e petroquímicas. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o alimentício.[2] Israel é um caso à parte e tem um parque industrial desenvolvido e uma economia independente da exportação de petróleo.

Religião[editar | editar código-fonte]

A região é conhecida por ser o berço das três maiores religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, essa que predomina hoje no Oriente Médio. Para os muçulmanos, Meca, na Arábia Saudita, é uma cidade sagrada, além de várias outras, tendo Jerusalém como maior questão para as três religiões. Há grupos menores de muçulmanos, como os drusos e os alauítas.[2]

A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos - muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do cristianismo. Além disso, há cerca de seis milhões de judeus na região, quase todos em Israel.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Lista de países do Oriente Médio por geografia e economia
  • Protestos no mundo árabe em 2010-2011

Referências

  1. «Médio-oriental | Michaelis On-line»
  2. a b c d e f g h Francisco, Wagner Cerqueria E. «Oriente Médio». Brasil Escola. Consultado em 1 de novembro de 2016
  3. a b Silva, Júlio C. Lázaro. «Aspectos da População do Oriente Médio: Contextualização Político-Econômica». Brasil Escola. Consultado em 1 de novembro de 2016
  4. Silva, Júlio C. Lázaro. «Aspectos da População do Oriente Médio: Contextualização Político-Econômica (Parte II)». Brasil Escola. Consultado em 1 de novembro de 2016
  5. «What is next for Yemen's Houthis?». www.aljazeera.com. Consultado em 26 de junho de 2018

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Qual a importância econômica do Oriente Médio?

Economia. A região do Oriente Médio é um importante centro econômico do mundo. Um dos maiores motivos são as reservas de petróleo existentes, além de pedras preciosas. Arábia Saudita e Irã são os dois países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo.

Qual a importância do Oriente Médio para economia local e mundial?

A economia dos países que compõem o Oriente Médio está vinculada diretamente com a extração e o refino do petróleo. Às vezes, essa é praticamente a única fonte de receita para determinados países.

Quais são as principais economias do Oriente Médio?

O islamismo, seguido por mais de 65% da população do Oriente Médio, é o grande fator de unidade regional. Apenas em Israel a maioria não é mulçumana, mas judia. Turquia e Líbano possuem minorias católicas. Economia: Israel é o único país desenvolvido da região e detém indústria variada e agropecuária moderna.

Qual é a atividade mais importante dos países do Oriente Médio?

A economia do Oriente Médio está extremamente ligada à produção de petróleo, uma vez que tal subcontinente abriga a maior jazida do minério no mundo.