Qual e o nome do principal instrumento que os astrônomos usam para estudar as estrelas planetas cometas galáxias etc?

Astronomia: O que � e para que serve?


Domingos Soares

01 de novembro de 2016


Resumo

Defino as �reas cient�ficas astronomia e astrof�sica, distinguindo-as da �rea n�o cient�fica astrologia; discuto, neste contexto, as principais caracter�sticas da ci�ncia. Apresento sete utilidades gerais da astronomia, algumas delas exemplificadas atrav�s de aplica��es � vida di�ria. Finalizo apresentando uma sele��o de doze “maravilhas astron�micas”.

A ASTRONOMIA � a ci�ncia que estuda os corpos celestes (planetas, asteroides, cometas, estrelas, gal�xias, etc.) A astronomia tamb�m estuda o conjunto dos corpos celestes e o que existe entre eles, ou seja, o universo. Neste caso, a astronomia recebe o nome de cosmologia. A astronomia pode ser dividida em sub�reas e especialidades por raz�es did�ticas e metodol�gicas; um exemplo deste tipo de divis�o � o adotado pelo CNPq, conforme ilustrado no Ap�ndice.

Antes da inven��o dos v�rios tipos de telesc�pios (para observa��o de raios gama e X, ultravioleta, �ptico, infravermelho, micro-onda, r�dio, etc.), a astronomia era realizada essencialmente pela observa��o a olho nu, mas com a utiliza��o de equipamentos para a medi��o das posi��es dos astros na ab�bada celeste e dos hor�rios de observa��o. Al�m de equipamentos especializados, as sociedades desenvolvidas constru�ram observat�rios astron�micos na forma de pir�mides — Egito pr�-hist�rico (3.000 a.C.), Imp�rio Maia na America Central (1.000 a.C.), Imp�rio Inca no Peru (s�culo XIV), Imp�rio Asteca no M�xico (s�culo XV), etc. — e outras formas (por exemplo, o observat�rio e templo megal�tico de Stonehenge na Gr�-Bretanha pr�-hist�rica (3.000 a.C.), o observat�rio Uraniborg de Tycho Brahe (1546-1601), situado na ilha de Ven (figura 1), na �poca pertencente � Dinamarca (s�culo XVI).


Figura 1
� esquerda, ru�nas de Uraniborg (“Cidade dos C�us”), o observat�rio de Tycho Brahe localizado na ilha de Ven, hoje parte da Su�cia (foto: Google Earth). Note que a constru��o est� perfeitamente orientada segundo os pontos cardeais indicados no canto inferior esquerdo. � direita, o grande “Quadrante Mural” ou “Quadrante Tychoniano”. Trata-se de um quadrante de lat�o com um raio de quase dois metros fixo em uma parede, dai o seu nome “Mural”. A pintura do “Quadrante Mural” mostrada aqui � do cart�grafo e pintor holand�s Jan Blaeu, de Amsterdam, que reproduziu em cores uma ilustra��o em preto e branco do livro de Tycho Brahe “Astronomiae Instauratae Mechanica” (1598), onde s�o apresentados os instrumentos do astr�nomo.

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1.1 Astrof�sica

A inven��o de novos instrumentos astron�micos, tais como, os telesc�pios para a faixa vis�vel e outros comprimentos de onda da luz, da fotografia, dos detectores eletr�nicos digitais e do espectrosc�pio, permitiram o estudo da estrutura interna dos corpos celestes bem como de sua evolu��o atrav�s da aplica��o das teorias f�sicas �s propriedades dos astros. Surgiu ent�o a ASTROF�SICA.

As propriedades s�o a temperatura, o conte�do qu�mico, a densidade, etc. do astro. A evolu��o pode ser interna, como por exemplo a evolu��o de uma estrela, ou global, como por exemplo a evolu��o din�mica do sistema solar ou de uma gal�xia.

A base de todas estas descobertas foi a inven��o do espectrosc�pio. Os fundamentos do espectrosc�pio foram descobertos pelo s�bio ingl�s Isaac Newton (1643-1727) no in�cio do s�culo XVIII; ver mais detalhes na figura 2. O espectrosc�pio em si, baseado nestes fundamentos e apropriado para utiliza��o em astronomia e em outras investiga��es cient�ficas, s� foi desenvolvido no s�culo XIX.


Figura 2
O espectrosc�pio � o instrumento que causa a dispers�o da luz. A dispers�o da luz foi descoberta por Isaac Newton, que aparece na imagem de cima utilizando um prisma de vidro como elemento dispersor da luz do Sol. As tr�s imagens de baixo mostram, � esquerda, um prisma de vidro dispersando a luz, no meio, a ilustra��o que aparece na capa de um �lbum do grupo ingl�s Pink Floyd e, � direita, a sequ�ncia convencional das sete cores do arco �ris, violeta, anil, azul, verde, amarelo, alaranjado e vermelho. Na verdade, a dispers�o � cont�nua e esta divis�o refere-se aos padr�es dominantes observados.

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O espectrosc�pio faz de forma controlada o mesmo que as gotas de chuva suspensas na atmosfera fazem com a luz solar para produzir o arco �ris. Elas dispersam a luz separando-a em seus comprimentos de onda constituintes. Veja um belo exemplo de arco �ris na figura 3.


Figura 3
O arco �ris prim�rio e o secund�rio visto � direita do prim�rio, mais fraco e com a sequ�ncia das cores invertida.

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O diagrama da esquerda da figura 4 mostra o esquema geral de um espectrosc�pio e as possibilidades de observa��o de espectros de acordo com os tipos de fontes de luz. A fonte pode ser constitu�da de mat�ria densa e quente como, por exemplo, um filamento de l�mpada incandescente ou o n�cleo de uma estrela como o Sol. Esta fonte emitir� um espectro cont�nuo onde todas os comprimentos de onda (cores) da luz aparecer�o. A fonte pode ser um g�s quente e o espectro ser� discreto, ou seja, ser� um espectro de linhas correspondentes a comprimentos de onda espec�ficos do g�s emissor. Podemos ter uma fonte composta, como a mat�ria densa e quente e um g�s frio � sua frente. Teremos ent�o um espectro de absor��o, i.e., um espectro cont�nuo onde faltar�o as linhas (as cores) caracter�sticas do g�s frio que envolve a fonte densa e quente.


Figura 4
O diagrama � esquerda mostra tr�s casos gerais de utiliza��o do espectrosc�pio em astronomia. O elemento denominado “Dispersor” � o componente do espectrosc�pio respons�vel pela separa��o da luz incidente em seus comprimentos de ondas (“cores”). O dispersor pode ser um prisma de vidro ou outro dispositivo capaz de separar as cores como, por exemplo, uma rede de difra��o. � direita, o espectro, ou as cores, de uma gal�xia s�o representadas pelos seus comprimentos de onda no seu espectro. Este “arco-�ris” foi obtido por um espectrosc�pio acoplado a um telesc�pio. A luz da gal�xia � formada pela mistura de todos os comprimentos de onda do espectro. Esta gal�xia atende pelo nome de ESO-LV 5100550, e pode ser vista, com o aux�lio de um telesc�pio modesto, em nossos c�us (espectro calculado, a partir das observa��es, por David B. de Carvalho, disserta��o de mestrado, UFMG, 2006).

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Uma das primeiras grandes descobertas realizadas com o espectrosc�pio causou enorme repercuss�o no meio cient�fico e filos�fico da �poca, qual seja, a descoberta do elemento qu�mico h�lio no Sol, antes mesmo de ele ser conhecido na Terra.

E esta descoberta foi um golpe profundo nas ideias do fil�sofo positivista franc�s Auguste Comte (1798-1857). Ele afirmava que nunca ter�amos conhecimento sobre a natureza das estrelas pois nos seria imposs�vel alcan��-las para realizar as observa��es e os experimentos necess�rios para isto. A utiliza��o do espectrosc�pio e o desenvolvimento concomitante da espectroscopia permitiu que, analisando-se o espectro do Sol, isto �, o registro fotogr�fico da luz solar dispersada, se descobrisse um novo elemento qu�mico, o h�lio (o termo grego para o deus mitol�gico Sol). O h�lio � um g�s pertencente ao grupo dos “gases nobres”, que existe em pequen�ssimas quantidades na atmosfera terrestre e, posteriormente � sua descoberta no Sol, s� foi encontrado na Terra em minas subterr�neas junto ao g�s natural sendo um importante subproduto da explora��o destas minas.

O h�lio foi descoberto em 1868, 11 anos ap�s a morte de Comte, mas o fato foi de grande proveito para o ensinamento dos positivistas contempor�neos que a ele sobreviveram. Infelizmente o pr�prio Comte perdeu uma excelente oportunidade de fazer uma reavalia��o de seus conceitos e pressupostos filos�ficos.

1.2. Astrologia

Sempre que se fala em astronomia para o p�blico em geral, que n�o teve ainda a oportunidade de refletir de forma rigorosa sobre o seu significado, devemos ter o especial cuidado de n�o permitir que se confunda astronomia com astrologia. Esta � uma confus�o bastante comum, especialmente devido � grande divulga��o que a astrologia recebe nos meios de comunica��o.

A principal diferen�a entre elas � que a astrologia n�o � uma ci�ncia. Ela afirma que os astros influenciam a vida das pessoas, mas n�o utiliza para isto argumentos cient�ficos. A astrologia utiliza argumentos de AUTORIDADE e de TRADI��ES. Em primeiro lugar vem a autoridade do astr�logo, ou seja, as afirma��es astrol�gicas s�o consideradas “verdadeiras” simplesmente pelo fato de terem sido ditas por determinada personalidade, que por aceita��o geral entre os cultuadores da astrologia tem a autoridade para afirmar aquilo. A segunda fonte de conhecimento da astrologia vem do ac�mulo de afirma��es de autoridades de tempos passados, em outras palavras, vem das tradi��es astrol�gicas, a cole��o de afirma��es e conex�es feitas por astr�logos de todas as �pocas pr�ximas passadas ou remotas.

Este tipo de epistemologia, ou seja, de relacionamento com o conhecimento, n�o � cient�fico. Mas o que � ci�ncia?

Definimos ci�ncia pela apresenta��o das caracter�sticas principais do “fazer cient�fico“, que � conhecido como m�todo cient�fico. Pelo m�todo cient�fico, a ci�ncia:

    1) observa e registra os fen�menos naturais;
    2) busca regularidade nos fen�menos e prop�e leis (teorias), matem�ticas ou n�o, que os descrevam;
    3) utiliza estas leis para prever novos fen�menos;
    4) rejeita leis (teorias) que n�o descrevem corretamente os fen�menos.
A astrologia n�o segue estes preceitos, mas utiliza ferramentas da astronomia para atingir os seus fins, que n�o s�o cient�ficos (n�o comprovados pela ci�ncia).

Ela usa, por exemplo, as constela��es do Zod�aco. A palavra Zod�aco vem do latim e do grego e significa “c�rculo de animais”. Os antigos observaram que noite ap�s noite, m�s ap�s m�s, as constela��es se repetiam no c�u noturno. E para se situarem temporalmente imaginaram formas de animais associadas aos meses do ano. E assim dividiram a faixa do c�u que sempre se apresentava � sua vis�o, durante o ano, em 12 constela��es correspondentes aos 12 meses. Na verdade, diferentes civiliza��es associaram diferentes formas, humanas ou n�o, �s v�rias constela��es, que s�o grupos de estrelas vistos na esfera celeste. As estrelas de uma mesma constela��o podem de fato estar muito longes umas das outras, mesmo estando pr�ximas no plano do c�u. A figura 5 mostra o Zod�aco. Nesta figura aparece tamb�m um c�rculo, visto em proje��o, denominado ecl�ptica. Ela � a trajet�ria aparente do Sol entre as estrelas, durante o ano, resultante do movimento de transla��o da Terra em torno do Sol.


Figura 5
O Zod�aco � um conjunto de constela��es distribu�do por uma zona circular na esfera celeste e que forma a faixa sobre a qual se movem o Sol e os planetas. Este conjunto � formado por 12 constela��es. Na figura acima vemos que quando o Sol, visto da Terra, passa, por exemplo, pela constela��o de Virgem (Virgo em latim), os habitantes da Terra, no entanto, veem no c�u noturno a constela��o que o Sol percorrer� 6 meses depois, ou seja, Peixes (Pisces em latim). Veja mais detalhes em Oliveira Filho e Saraiva: Constela��es.

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A astrologia divide a zona da esfera celeste na qual se movem o Sol, a Lua e todos os outros grandes planetas e planetoides em doze partes, conhecidas por “signos do Zod�aco”. Os signos levam o nome das doze constela��es que est�o no Zod�aco, isto �, �ries, Touro, G�meos, C�ncer, Le�o, Virgem, Libra, Escorpi�o, Sagit�rio, Capric�rnio, Aqu�rio e Peixes. As constela��es do Zod�aco situam-se sobre a ecl�ptica, como se v� na figura 5. � necess�rio salientar que os movimentos mencionados aqui s�o movimentos relativos a um observador fixo na Terra.

Por exemplo, segundo a astrologia, uma pessoa que nasceu no m�s de setembro, nasceu no signo de Virgem pois o Sol neste m�s percorre a constela��o de Virgem. A constela��o que vemos no c�u � noite nesta mesma �poca � a constela��o de Peixes, a constela��o que ser� percorrida pelo Sol 6 meses depois (veja a figura 5). A astrologia parte deste tipo de associa��o de signos, e outras associa��es mais complexas, para fazer previs�es e afirma��es sobre comportamentos pessoais e sociais. Tudo isto sem qualquer fundamento cient�fico.

A prop�sito, a ecl�ptica — i.e., a trajet�ria aparente do Sol no c�u — � inclinada de 23,5 graus em rela��o ao equador celeste; � esta inclina��o que faz com que tenhamos as diferentes esta��es do ano (e n�o por causa das raz�es apresentadas pela professora de Jo�ozinho da Mar�). Quer dizer, se a ecl�ptica estivesse no mesmo plano do equador celeste n�o ter�amos esta��es como as conhecemos, mas apenas um mesmo ciclo de temperaturas no transcorrer do ano.

A astrologia motivou, na antiguidade, o desenvolvimento da astronomia. O objetivo era poder prever os acontecimentos terrestres atrav�s do conhecimento dos astros e assim aplacar a “ira celeste”. Os acontecimentos celestes muitas vezes causavam terror entre os antigos por causa do medo do desconhecido. O medo da “ira celeste” era causado pela ignor�ncia cient�fica. Podemos dizer ent�o que o impulso para o desenvolvimento da verdadeira ci�ncia dos astros, a astronomia, foi a �nica utilidade que a astrologia teve na hist�ria do desenvolvimento da ci�ncia moderna. Muitas vezes, na antiguidade, os astr�logos oficiais recebiam grandes incentivos financeiros para produzirem cat�logos e cartas celestes melhores e mais precisos para atenderem aos objetivos das previs�es astrol�gicas. Frequentemente tamb�m verdadeiros astr�nomos travestiam-se de astr�logos para poderem ter os recursos que lhes permitissem realizar as suas pesquisas astron�micas.

2. Para que serve

Apresentarei as serventias da astronomia em forma de uma lista de 7 itens.

Desde as eras pr�-hist�ricas as sociedades humanas utilizaram os seus observat�rios e instrumentos para cuidadosa e pacientemente observarem o c�u noturno. As observa��es das regularidades e das mudan�as no movimento e nas posi��es dos astros celestes levaram � prepara��o de calend�rios e tabelas astron�micas de grande utilidade para a localiza��o em terra e mar. Al�m disso, estas observa��es permitiram a previs�o de eventos celestes como eclipses, trajet�rias de planetas, movimentos sutis da Terra (precess�o, por exemplo) e outros. Estas s�o as utilidades b�sicas da astronomia e elas aparecem como as tr�s primeiras na lista abaixo. Com o desenvolvimento progressivo das sociedades humanas, a astronomia passou a ter outras utilidades, n�o t�o �bvias em seus prim�rdios, mas que podemos imaginar sempre existiram de uma forma ou de outra. Estas s�o as utilidades numeradas de 4 a 7. Vamos ent�o � lista de utilidades da astronomia.

    1) Defini��o e c�lculo dos calend�rios; marca��o precisa do in�cio das esta��es do ano, o que � importante, ontem e hoje, para a agricultura.
Um dos grandes incentivadores da astronomia e seus m�todos para a determina��o dos calend�rios foi a Igreja Cat�lica. Desde tempos medievais havia a necessidade de se determinar com precis�o as datas e feriados religiosos. Por exemplo, a Sexta-feira Santa ocorre sempre em �poca de lua cheia. Isto n�o � por acaso, mas decorre da precisa determina��o do evento que, segundo as igrejas crist�s, deve se repetir na mesma �poca do acontecimento original registrado nas escrituras crist�s. A data � calculada como sendo a primeira sexta-feira de lua cheia ap�s o equin�cio de outono, ou seja, o in�cio do outono no hemisf�rio sul, podendo ent�o ocorrer entre 22 de mar�o e 25 de abril.
    2) Defini��o dos sistemas de refer�ncia para a localiza��o em terra e no espa�o. Exemplos: navega��o dos navios, avi�es e sondas espaciais; movimenta��o na superf�cie da Terra atrav�s do sistema de GPS (�Global Positioning System� ou �Sistema de Posicionamento Global�, o qual baseia-se nas informa��es colhidas por 24 sat�lites em �rbita da Terra).
    3) Utiliza��o das estrelas para localiza��o na superf�cie da Terra. Exemplo: a estrela Polar no hemisf�rio norte, que indica o ponto cardeal norte, e a constela��o do Cruzeiro do Sul, no hemisf�rio sul, que indica o ponto cardeal sul.
    4) Discutir cientificamente as quest�es existenciais da humanidade: de onde viemos e para onde vamos; quais as nossas posi��es espacial e temporal no universo.
    5) Compreender de forma integral o universo em que vivemos a fim de exterminar os medos, supersti��es e fantasias associados aos fen�menos celestes e terrestres.
    6) Participar da forma��o do ser humano consciente de si pr�prio e do meio em que vive.
    7) Propiciar o desenvolvimento tecnol�gico. Exemplos: astrol�bios, c�meras CCD, radar, etc. Nestes exemplos vemos instrumentos desenvolvidos no presente e no passado em decorr�ncia da atividade astron�mica. O astrol�bio era um instrumento utilizado primitivamente na determina��o precisa da posi��o das estrelas no c�u com fins de localiza��o.
A seguir apresentarei alguns exemplos das utilidades enumeradas acima.

2.1. Exemplo do item 3

Como podemos utilizar as estrelas para nos localizar na superf�cie da Terra? Em outras palavras, como podemos determinar os pontos cardeais norte, sul, leste e oeste utilizando as estrelas? H� uma maneira bem simples.

Para os habitantes do hemisf�rio norte da Terra, ou seja, da Am�rica do Norte, da Am�rica Central, da Europa, da �sia e da parte norte da �frica, existe uma estrela que est� sempre � vista no c�u noturno, pois ela n�o nasce nem se p�e. Ela est� localizada no ponto em que o prolongamento do eixo de rota��o da Terra “fura” a ab�boda celeste. Este ponto chama-se polo norte celeste e a estrela chama-se Polaris e � bastante brilhante, de forma que pode ser facilmente vista a olho nu. A ilustra��o da esquerda na figura 6 mostra Polaris, a Terra e o seu eixo de rota��o. Para se encontrar o ponto cardeal norte basta ficar de frente para Polaris e ele estar� tamb�m � sua frente. O sul estar� � suas costas e o leste � sua direita.

No hemisf�rio sul n�o existe uma estrela t�o brilhante como Polaris no polo celeste sul. Na verdade, existe l� uma estrela, mas ela � t�o fraca que n�o nos ajuda a encontrar o sul. Os habitantes do hemisf�rio sul da Terra, ou seja, da Am�rica do Sul, de grande parte da �frica e da Oceania, precisam recorrer a uma constela��o para se orientar. Trata-se do Cruzeiro do Sul. Esta constela��o tem a forma de uma cruz e a haste maior da cruz aponta sempre para o polo celeste sul � medida que a Terra gira. Veja a ilustra��o � direita na figura 6. � f�cil achar o polo celeste sul: a partir da base da haste maior da cruz prolongue-a por aproximadamente 4 vezes o tamanho dela e voc� chegar� ao polo celeste sul. Fique de frente para ele e o ponto cardeal sul estar� tamb�m � sua frente. O norte � suas costas e o leste � sua esquerda.


Figura 6
O diagrama � esquerda mostra o eixo imagin�rio que representa o eixo de rota��o da Terra e a estrela Polaris no ponto em que ele encontra a esfera celeste. � direita, vemos o Cruzeiro do Sul em v�rias posi��es durante a noite. Note que a haste maior da cruz aponta para o polo celeste sul.

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Uma curiosidade interessante: bem pr�ximo do polo celeste sul existe uma gal�xia, que se chama em latim Polarissima Australis. Ela n�o � vis�vel a olho nu, mas pode ser vista com um telesc�pio modesto. Os interessados podem ler mais sobre ela no artigo que escrevi clicando em Polarissima Australis.

2.2. Exemplo do item 5

A astronomia nos permite exterminar os medos, supersti��es e fantasias, que surgem do desconhecimento dos eventos naturais. Um dos melhores casos para ilustrar isto � a vis�o que a humanidade tinha dos cometas no passado, quando eles eram ainda totalmente desconhecidos.

Os cometas s�o pequenos corpos, de dimens�es da ordem de dezenas de quil�metros, compostos de rochas, gelo e outras subst�ncias, que orbitam o Sol em trajet�rias el�pticas. Os cometas apresentam como principal caracter�stica uma enorme cauda brilhante, que podem ter a extens�o de centenas de milhares de quil�metros, ou seja, podem ser maiores do que a dist�ncia Terra-Lua. A cauda aumenta de tamanho � medida que o cometa se aproxima do Sol e, consequentemente, da Terra, quando ela atinge o seu tamanho m�ximo e pode ser vista nos c�us noturnos como um bel�ssimo espet�culo.

Apesar da beleza, os cometas sempre foram motivo de medo na antiguidade, por que a sua apari��o era totalmente imprevis�vel e a sua natureza era totalmente desconhecida. A figura 7 mostra exemplos de apari��es de cometas na Alemanha em 1680, 1682 e 1683, nos c�us de Augsburg, e na regi�o do atual M�xico na �poca de Montezuma, o imperador asteca no s�culo XV. As ilustra��es representam o terror que as apari��es dos cometas causavam nas pessoas, pois eles eram considerados como arautos de desgra�as e acontecimentos inesperados.


Figura 7
A ilustra��o � esquerda mostra os cometas de 1680, 1682 e 1683, nos c�us de Augsburg, Alemanha. � direita, o imperador asteca Montezuma observa com horror o cometa que apareceu na �poca de seu imp�rio.

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Tudo isto come�ou a mudar quando Isaac Newton apresentou em sua obra de 1687, “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, o esclarecimento cient�fico da quest�o. A figura 8 mostra o retrato do grande f�sico e astr�nomo Isaac Newton e a p�gina inicial de sua obra m�xima, conhecida abreviadamente como Principia.


Figura 8
� esquerda v�-se o retrato de Isaac Newton aos 46 anos, na �poca da publica��o da 1a. edi��o do seu livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. � direita, o frontisp�cio do Principia. Note a data em algarismos romanos correspondente a 1687.

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No Principia Newton prop�s entre muitas novidades uma lei de gravidade. Esta lei quantifica a intera��o que existe entre dois corpos, intera��o esta causada pelo simples fato deles possu�rem massa. Newton calculou a �rbita, isto �, a trajet�ria, de corpos sob a a��o da for�a da gravidade dada pela lei que ele descobriu. Um exemplo pode ser tirado direto de uma das ilustra��es existentes no Principia, a saber, um proj�til lan�ado do alto de uma montanha na Terra. A ilustra��o � do Livro III do Principia e est� reproduzida na figura 9.


Figura 9
Um corpo, chamado aqui de proj�til, � lan�ado do alto de uma montanha com velocidades cada vez maiores. Para determinada velocidade de lan�amento, o proj�til d� uma volta completa em torno da Terra, i.e., ele entra em �rbita da Terra. Newton mostrou que os cometas eram corpos em �rbita do Sol.

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Uma ocasi�o um amigo de Newton, o astr�nomo ingl�s Edmond Halley (1656-1742), mostrou-lhe suas tabelas com o registro de observa��es de um cometa e perguntou-lhe qual seria a sua �rbita, se ele estivesse submetido a uma for�a de atra��o ao Sol inversamente proporcional ao quadrado da dist�ncia do cometa ao Sol. Newton respondeu-lhe de imediato que seria uma elipse e que ele j� havia feito os c�lculos. Come�ava ent�o o esclarecimento cient�fico sobre a verdadeira natureza dos cometas, e este cometa tornou-se conhecido como cometa de Halley.


Figura 10
� esquerda o retrato do astr�nomo Edmond Halley, cujas observa��es levaram ao descobrimento do cometa que leva o seu nome. � direita, diagrama publicado em revista inglesa de 1910, por ocasi�o da pen�ltima apari��o do cometa de Halley. A �ltima delas ocorreu em 1986. Note que a cauda do cometa aponta sempre para a dire��o contr�ria ao Sol, o que � causado pela press�o da radia��o e do vento solares.

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A partir de suas observa��es e da �rbita calculada por Newton, Halley concluiu que o cometa de 1682 era o mesmo que aparecera, segundo relatos, em 1531 e 1607. Deduziu que o cometa possu�a uma �rbita com per�odo de aproximadamente 76 anos e que ele deveria reaparecer em 1758, o que de fato aconteceu. Halley, no entanto, n�o viveu para ver a confirma��o de sua previs�o. Segundo estimativas, o cometa de Halley orbita o Sol h� cerca de 28.000 anos, tendo sido registrado por observadores chineses e babil�nios centenas de anos antes da era crist�.

A figura 11 mostra uma imagem do cometa de Halley obtida pela NASA em 1986, quando de sua recente aproxima��o da Terra. O retorno ocorrer� em 2061. A figura 11 mostra tamb�m a �rbita do Halley comparada �s �rbitas dos planetas solares. � digno de nota a enorme excentricidade da �rbita, i.e., a sua �rbita � uma elipse bastante achatada, ao contr�rio dos planetas, cujas �rbitas s�o elipses de pequen�ssima excentricidade, quase circulares.


Figura 11
� esquerda vemos uma fotografia digital do Halley obtida pela NASA quando de sua apari��o em 1986. � direita, vemos a �rbita do Halley em torno do Sol, mostrando que ele se move das regi�es mais externas do sistema planet�rio, al�m da �rbita de Netuno, at� o sistema solar interior. As setas desenhadas sobre as trajet�rias mostram que a �rbita do cometa de Halley � retr�grada, i.e., em sentido oposto �s �rbitas dos planetas.

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Vemos na figura 11 que a �rbita do cometa de Halley � retr�grada, ou seja, ele gira em torno do Sol em sentido contr�rio ao sentido em que todos os planetas se movimentam. Isto indica que o cometa “caiu” em dire��o ao Sol, em sua primeira �rbita, h� dezenas de milhares de anos, posteriormente � forma��o do sistema planet�rio.

A figura 12 mostra uma anima��o da �rbita do Halley. Note que ele se move lentamente quando est� distante do Sol e rapidamente ao se aproximar do Sol (e da Terra).


Figura 12
Anima��o da �rbita do cometa de Halley no sistema solar. O movimento obedece � lei das �reas de Kepler, descoberta pelo astr�nomo alem�o Johannes Kepler (1571-1630). Esta lei � uma manifesta��o de uma lei mais geral da f�sica chamada lei da conserva��o do momento angular.

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O cometa de Halley � apenas um entre muitos outros existentes no sistema solar. Todos eles comportam-se de acordo a lei da gravidade de Newton e possuem �rbitas totalmente previs�veis. O conhecimento da verdadeira natureza dos cometas, aqui exemplificado pelo Halley, trouxe � humanidade um al�vio de tens�es e medos seculares causados pela ignor�ncia. Esta � uma das grandes utilidades da astronomia e da atividade cient�fica de modo geral.

2.3. Exemplo do item 7

Um dispositivo eletr�nico representado pela sigla CCD (em ingl�s, Charge-coupled device, ou, Dispositivo de cargas acopladas) � um excelente exemplo para o desenvolvimento tecnol�gico decorrente dos estudos astron�micos. A figura 13 mostra um destes dispositivos. Os CCDs foram descobertos e desenvolvidos para utiliza��o na pesquisa astron�mica para o registro de imagens, pois eles trouxeram enormes vantagens sobre os filmes e placas qu�mico-fotogr�ficas utilizadas at� ent�o (para conhecer um pouco mais sobre os CCDs leia o meu artigo sobre eles clicando em O fabuloso CCD).

Do uso em pesquisa cient�fica os CCDs ganharam o gosto popular e s�o utilizados em substitui��o aos tradicionais filmes fotogr�ficos. Hoje em dia as c�meras s�o, em sua maioria, digitais, i.e., utilizam um dispositivo eletr�nico — o CCD — para o registro das fotografias. Os CCDs utilizados em c�meras digitais, hoje em dia, t�m tipicamente 5 megapixel. Para compara��o, os CCDs de pesquisa astron�mica atualmente podem chegar a 3.200 megapixel. O CCD da figura 13 possui 0,64 megapixel e representava o que havia de melhor na d�cada de 1990.


Figura 13
O diagrama � esquerda mostra um CCD de 800x800 pixel (0,64 megapixel). � direita, par de gal�xias ligadas gravitacionalmente. Elas est�o a cerca de 250 milh�es de anos-luz de n�s. O detector utilizado para a sua obten��o � um CCD de 0,2 megapixel. As cores da imagem s�o artificiais. O nome da gal�xia de cima � ESO-LV 5100090 e o da de baixo � ESO-LV 51000100. Este par foi estudado por Paulo M�rcio Villa�a Veiga em sua disserta��o de mestrado realizada no Departamento de F�sica da UFMG, sob minha orienta��o, e defendida em 1996.

Qual e o nome do principal instrumento que os astrônomos usam para estudar as estrelas planetas cometas galáxias etc?
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3. Maravilhas astron�micas

A seguir apresento 12 maravilhas astron�micas. Algumas s�o objetos celestes que est�o fora de nossa Via L�ctea, i.e., objetos extragal�cticos, outros pertencem � nossa pr�pria gal�xia. Apresento tamb�m duas imagens da Via L�ctea.


Figura 14
A grande gal�xia espiral localizada na constela��o de Andr�meda. Seu nome de cat�logo � Messier 31, ou, simplesmente, M31. Esta gal�xia pode ser vista a olho nu. M31 � a maior gal�xia do Grupo Local, seguida pela nossa Via L�ctea, tamb�m uma gal�xia espiral.

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Figura 15
Gal�xia NGC 253, localizada a 10 milh�es de anos-luz de n�s. NGC 253 pertence ao grupo de gal�xias de Escultor, que � o grupo mais pr�ximo de nossa pr�pria gal�xia. Ela � por vezes chamada de “Moeda de Prata”.

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Figura 16
Grande Nuvem de Magalh�es, uma gal�xia an� sat�lite de nossa Via L�ctea.

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Figura 17
Pequena Nuvem de Magalh�es, uma gal�xia an� sat�lite de nossa Via L�ctea, vizinha da Grande Nuvem mostrada na figura 16.

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Figura 18
O aglomerado globular �mega de Centauro (ω Cen ou NGC 5139), de nossa gal�xia, possui cerca de 10 milh�es de estrelas, a maioria delas muito mais velhas do que o Sol. As estrelas se distribuem no formato de uma bola ou gl�bulo. A Via L�ctea possui mais de 150 aglomerados globulares.

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Figura 19
As Pl�iades (Messier 45), conhecidas popularmente como sete-estrelo, s�o um grupo de estrelas na constela��o do Touro.

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Figura 20
Gal�xia gigante Messier 87 (NGC 4486) localizada na constela��o de Virgem. Ela est� a uma dist�ncia de 60 milh�es de anos-luz de n�s. M87 � uma potente fonte de raios X e de ondas de r�dio.

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Figura 21
M51, chamada “gal�xia do Redemoinho”. Dois bra�os espirais s�o claramente vis�veis. Note-se a pequena gal�xia companheira localizada na parte superior da imagem, pr�xima � extremidade de um dos bra�os.

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Figura 22
A Via L�ctea fotografada no Observat�rio Europeu Austral (ESO) localizado nos Andes chilenos. As Pl�iades e a gal�xia de Andr�meda est�o destacadas. A Grande e a Pequena Nuvem de Magalh�es tamb�m aparecem, � direita e abaixo do disco gal�ctico. Como conseguimos uma foto da Via L�ctea inteira se estamos num sistema planet�rio de uma estrela que se localiza na pr�pria Via L�ctea?

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Figura 23
Um ter�o de toda a Via L�ctea, de �rion (� direita) at� o Cruzeiro do Sul (na extremidade esquerda). As duas estrelas mais brilhantes s�o Sirius e Canopus. Uma linha que passa por elas aponta para a Grande Nuvem de Magalh�es. Encontre-a.

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Figura 24
� esquerda, concep��o art�stica mostrando o Telesc�pio Espacial Hubble (HST, sigla em ingl�s) logo ap�s ter sido colocado em �rbita em 1990 pelo �nibus espacial Discovery (abaixo � direita). Destacam-se os dois pain�is solares, o prato da antena de alto ganho para comunica��o com a Terra, ligada ao corpo do telesc�pio, e a porta do tubo do telesc�pio, aberta. � direita, o HST tendo ao fundo a Terra. Cada painel solar mede 2,4 por 12,1 metros e o HST possui 15,9 metros de comprimento. O conjunto tem aproximadamente 11 toneladas.

Qual e o nome do principal instrumento que os astrônomos usam para estudar as estrelas planetas cometas galáxias etc?
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Figura 25
Campo Ultra Profundo do Hubble, em ingl�s, “The Hubble Ultra Deep Field” (HUDF), imagem obtida pelo Telesc�pio Espacial Hubble em 2003 e 2004. A �rea do c�u que aparece na imagem � equivalente a 1% da �rea aparente da Lua cheia, e est� localizada na constela��o da Fornalha, pr�xima da conhecida constela��o de �rion. Estima-se que o HUDF contenha mais de 10.000 gal�xias. As gal�xias maiores s�o as mais pr�ximas. A maioria das gal�xias aparecem como pequenas manchas disformes.

Qual e o nome do principal instrumento que os astrônomos usam para estudar as estrelas planetas cometas galáxias etc?

Agradecimento – Este trabalho foi sugerido por minha filha, Profa. R�bia de Sales Soares, para apresenta��o aos seus alunos do 8o. ano do ensino fundamental e do 1o. ano do ensino m�dio da Escola Estadual Coronel Juca Pinto, Belo Horizonte, MG. Agrade�o-a pela sugest�o e pelo incentivo para a execu��o do trabalho. A resposta � pergunta “O que � e para que serve a Astronomia?” � bastante pessoal, especialmente por causa da viv�ncia astron�mica daquele que responde e, portanto, seria muito interessante ver as respostas de outros astr�nomos, tanto profissionais quanto amadores.

Ap�ndice As sub�reas da �rea de pesquisa Astronomia

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CNPq), �rg�o federal de financiamento de pesquisa no Brasil, adota a tabela abaixo de sub�reas e especialidades da �rea de pesquisa Astronomia. A Astronomia � uma das �reas de pesquisa pertencentes � Grande �rea Ci�ncias Exatas e da Terra.
Grande �rea - Ci�ncias Exatas e da Terra
�rea - Astronomia
Sub�rea - Astronomia de Posi��o e Mec�nica Celeste
Especialidade - Astronomia Fundamental
Especialidade - Astronomia Din�mica
Sub�rea - Astrof�sica Estelar
Sub�rea - Astrof�sica do Meio Interestelar
Especialidade - Meio Interestelar
Especialidade - Nebulosa
Sub�rea - Astrof�sica Extragalactica
Especialidade - Gal�xias
Especialidade - Aglomerados de Gal�xias
Especialidade - Quasares
Especialidade - Cosmologia
Sub�rea - Astrof�sica do Sistema Solar
Especialidade - F�sica Solar
Especialidade - Movimento da Terra
Especialidade - Sistema Planet�rio
Sub�rea - Instrumenta��o Astron�mica
Especialidade - Astronomia �tica
Especialidade - Radioastronomia
Especialidade - Astronomia Espacial
Especialidade - Processamento de Dados Astron�micos

Atualiza��o: 17nov16
Leia outros artigos em www.fisica.ufmg.br/~dsoares/notices.htm.

Qual e o nome do principal instrumento que os astrônomos usam para estudar as estrelas planetas cometas galáxias etc?

O telescópio. O instrumento utilizado para ver objetos que se encontram a uma distância muito grande da Terra é chamado de telescópio. Ele tem a capacidade de ampliar e formar uma imagem virtual próxima à lente ocular, fazendo com que a imagem nos pareça maior do que a observada a olho nu.

Qual o principal instrumento usado pelos astrônomos?

Telescópios: possibilitam a visão de objetos pequenos e distantes. A capacidade da visão do telescópio é ditada por sua abertura, que quanto maior, maior a capacidade de ampliação e de aproximação dos objetos.

Que instrumentos Os astrônomos utilizam para estudar o Universo?

Luneta ou Telescópio Refrator A luneta foi descoberta na Holanda e usada por Galileu para observar o céu. É composta basicamente de um tubo, sendo que em uma das extremidades há uma lente convergente, a objetiva, que coleta a luz, e na outra, a lente ocular, que serve para ampliar a imagem.

Qual e o nome do principal instrumento usado pelos astrônomos para estudar as estrelas cometas e outros corpos celestes?

Qual é o nome do principal instrumento usado pelos astrônomos para estudar as estrelas planetas cometas e outros corpos celestes? Telescópio ,e um instrumento que permite estender a capacidade dos olhos humanos de observar e mensurar objetos longínquos.