Reflexão sobre a multiplicação dos pães e peixes

Mateus capítulo 14, versículos 13 a 21; Marcos capítulo 6, versículos 30 a 44; Lucas capítulo 9, versículos 10 a 17; e João capítulo 6, versículos 1 a 14 

Este milagre de Jesus foi muito importante, tanto assim, que se trata de uma das poucas coisas que aconteceram com Ele registradas pelos quatro Evangelhos. 

Milagres não são apenas manifestações do poder de Deus, contrariando as leis da natureza. Fazendo o que parece impossível. São muito mais: trata-se de sinais e do testemunho da presença e da obra de Deus entre nós. 

Deus opera milagres em prol do avanço do Reino de Deus. Portanto, milagres, pela sua própria definição, não são coisas que acontecem todo dia. Por qualquer razão. A qualquer hora. Milagres são coisas muito especiais.

No caso do milagre da multiplicação dos pais e peixes, Jesus foi para nordeste do Mar (Lago) da Galileia, numa jornada de cerca de 8 km, e foi seguido por uma multidão de 5 mil homens e muitas mulheres e crianças.

Quando Jesus tinha terminado de falar, as pessoas perceberam estar com fome e não havia o que dar para elas. Ora, seria preciso cerca de 200 denários (mais ou menos 8 meses de salário de um operário) para comprar comida para todo mundo que estava ali.

As pessoas presentes somente tinham cinco pães de cevada e dois pequenos peixes. E mesmo assim Jesus conseguiu alimentar todo mundo – Ele multiplicou aqueles poucos alimentos de forma maravilhosa. 

Há muitos ensinamentos a tirar desse ato. O primeiro deles é que Jesus realmente é o pão da vida (João capítulo 8, versículos 48 a 51). O alimento para nossa vida espiritual.

Há também uma forte correlação entre o que Jesus fez ali e a Santa Ceia, quando falou para os discípulos que o pão representava seu corpo e o vinho o seu sangue (Lucas capítulo capítulo 22, versículos 19 e 20 e 1 Coríntios capítulo 11, versículos 23 a 29).)

Outro ensinamento importante é que Deus usa coisas simples para fazer seus maiores milagres: uma simples vara foi usada por Moisés para abrir o mar Vermelho; Davi usou uma pequena pedra, tirada de um riacho, para matar o gigante Golias; e Eliseu usou um punhado de farinha e um pouco de azeite para alimentar uma família. 

Sempre me impressiono com o fato que Deus faz coisas maravilhosas com estrema singeleza, sem grandiosidade, sem fogos de artifício, sem cenários luxuosos. Tanto assim, que foi num sala com decoração pobre, no segundo andar de um prédio qualquer, que Jesus conduziu uma ceia com seus discípulos, onde serviu pão e vinho. E com esses gestos simples, mudou a história da humanidade. 

Jesus alimentou uma enorme multidão com um pequena quantidade de alimentos, que mal daria para dois adultos. E assim ensinou que podemos confiar n´Ele para atender nossas necessidades, tanto físicas quanto espirituais. e também para saciar nossa fome e sede por justiça, compreensão e amor. Simples assim.

Com carinho

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O Evangelho de hoje nos mostra que Jesus tem o poder de alimentar a quem tem fome de pão e a quem tem fome do amor de Deus. A multiplicação dos pães e dos peixes é uma antecipação da Eucaristia pois Jesus usa das mesmas atitudes: Jesus toma o pão nas suas mãos; dá graças a Deus; parte-o; e o dá aos seus discípulos para se cumprir a palavra que diz: “O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6,51). Desta forma o Evangelho nos mostra que Jesus não sacia somente a fome que temos para viver, mas sacia a alma e o espírito, nos dá o pão descido do céu, por isso, o gesto de tomar o pão, dar graças e repartir, evoca também a eucaristia que somos chamados a participar a cada domingo.

A cada domingo Jesus se põe conosco à mesa, reparte o pão conosco e nos envia em missão. O pão partilhado é sinal da eucaristia, celebrada no dia do Senhor, para que todos possam se alimentar do espírito e da força de Jesus, o Pão vivo vindo de Deus. Faz parte da missão da Igreja ensinar a Palavra e de celebrar a Eucaristia. Nos dando a comer do seu Corpo e a beber do seu Sangue Jesus nos faz participar da sua vida e nos guarda para a vida eterna. A Eucaristia trata-se de um milagre, mas não de um milagre qualquer: é o milagre do dom do que nós somos e da partilha do que nós temos...

A ordem de Jesus: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca” mostra a abundância do pão compartilhado e ao mesmo tempo mostra que o pão eucarístico, deverá ser conservado com cuidado e solicitude. A Igreja conserva o Santíssimo Sacramento no Sacrário para que seja levado aos doentes que não puderam estar na missa e também para a adoração, fora da missa, para manifestar a presença real de Cristo na Eucaristia. 

O salmista, contemplando a criação, percebe a bondade e a sabedoria de Deus, que cuida de todas as suas criaturas e diz “Vós abris a vossa mão prodigamente e saciais todo ser vivo com fartura” (Sl 144,16). Isto significa que Jesus nos alimenta através da Eucaristia, através de uma dupla mesa – a da Palavra e a do Corpo e Sangue de Cristo. Deus abre não somente sua mão, mas sua boca, e nos sacia com sua Palavra. Ele abre o céu diante de nós, e nos dá a comer o Corpo e o Sangue daquele que por nós morreu e ressuscitou, seu Filho e Nosso Senhor. Jesus fala-nos de um pão que não sacia a fome somente de um dia , mas da fome e da sede de vida que há em cada pessoa humana. Os alimentos que comemos cada dia nos mantêm vivos durante anos, mas chega um momento que não conseguem nos defender da morte, por isso chega uma momento que é inútil que continuemos comendo. Eles não conseguem nos dar vida além da morte, no entanto, o pão que Jesus nos dá permanece até a vida eterna.

Sejamos homens e mulheres verdadeiramente eucarísticos, ou seja, que bendizem, que agradecem a Deus pelo dom da vida, que fazem da sua vida uma oferta agradável a Deus, que se tornem homens e mulheres da “bênção” para si, para sua família e para os que estão ao seu redor, que alimenta a quem tem fome do amor de Deus, que é capaz de unir as pessoas em sua diversidade. Que reunidos em torno da mesa da Palavra e da mesa eucarística, realize-se em nós o milagre da unidade, a fim de que comendo do mesmo pão e bebendo do mesmo cálice, sejamos um só em Cristo Jesus.

Segundo o relatório da Oxfam, 11 pessoas correm o risco de morrer de fome a cada minuto e 7 de morrer de Covid-19, por isso hoje morre mais pessoas no mundo por causa da fome do que pela Covid-19. Segundo o relatório sobre o \"Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo\" hoje são 811 milhões de pessoas no mundo que estão na iminência da morte por causa da fome. Jesus mostra que o problema da fome no mundo não se resolve comprando mas partilhando o pouco que se tem. “Se partes teu pão com o faminto... brilhará tua luz como a aurora” (Is 58,7-8). Se há fome no mundo, não é por escassez de alimentos, mas por falta de solidariedade. Há pão para todos, falta espírito generoso para partilhar. Compartilhar o pão se converte num gesto para prolongar e manter a vida. Quando se compartilha com gosto e com alegria, o alimento se multiplica e sobra. Partilhar é multiplicar. A partilha do que nós temos acabam com todas as fomes e as sedes do mundo. Quando decidimos doar o pouco que nós temos para partilhar com os outros, o milagre se produz. Que sejamos capazes de fazer nosso gesto concreto de amor e partilha do pão com quem tem fome. Amém!

O que aprendemos com a multiplicação dos pães e peixes?

O milagre da multiplicação dos pães e peixes mostra o poder de Jesus sobre todas as coisas. Nada é impossível para Jesus, até mesmo multiplicar comida! Quando cremos em Jesus, ele supre todas as necessidades. Certa vez, Jesus foi para o deserto para passar algum tempo sozinho.

O que significa 5 pães e 2 peixes?

Este milagre também é conhecido como "milagre dos cinco pães e dois peixes", dado que João reporta que cinco pequenos pães de cevada e dois peixinhos, fornecidos por um garoto, foram utilizados por Jesus para alimentar a multidão.

O que significa os 12 cestos cheios?

Jesus envia os discípulos a servir o povo, que comeu até se fartarem, e, quando já fartos, o Mestre ordenou que recolhessem os pedaços para que nada se perdesse. a) Os discípulos recolheram os pedaços e os 12 cestos ficaram cheios, resultado dos cinco pães que foram multiplicados por Jesus.

O que foi feito com os 12 cestos que sobraram?

E Jesus pediu que recolhessem o que sobrou e foram doze cestos cheios de pães. E esta é a nossa porta de entrada no episódio, pois sobrou pão para nós! Trata-se de uma verdadeira receita de milagre! Nesta porta há lugar para todos os que clamam por ele e pela sua força salvadora.