Se tiver medo vai com medo mesmo

Samara Oliveira

Samara Oliveira

Account Manager | Hubspot Specialist | Product Management | Demand Generation | Strategic Planning | Inbound/Outbound Marketing | Branding

Publicado em 14 de jun. de 2019

Acho que essa é uma das frases que eu mais ouvi nos últimos tempos e sempre concordei com ela, até hoje. Foi como se uma chave virasse na minha cabeça e me fizesse refletir sobre os meus medos de maneira diferente. Por que devo ir mesmo com medo?

Acredito que tudo depende do tipo de medo que você tem, como isso influencia a sua vida, se já sentiu esse medo outras vezes e deu tudo certo ou se sentiu e deu tudo errado, ou ainda se foi mais ou menos, as nossas experiências tem um poder fundamental nas tomadas de decisões que fazemos. Cada pessoa reage de uma forma diferente diante de uma situação, às vezes o medo pode ser o maior aliado para informar a pessoa que tem algo errado, ou pode ser o pior inimigo, impedindo os avanços da etapa de cada um.

Eu sempre fui com medo mesmo, meu medo nunca me impediu de procurar coisas novas, de me entregar de cabeça, de sofrer demais e de ter alegrias impossíveis de mensurar, mas se algum dia sentir um medo diferente do qual já estou adaptada, pode ser que eu simplesmente não faça, não aceite, pare e reflita e vai estar tudo bem também sobre isso.

Precisamos parar de nos cobrar como se as oportunidades fossem sair correndo se não as aproveitarmos, ou como se as mudanças fossem ser extremamente trágicas nas nossas vidas. Somos seres adaptáveis. Nos acostumamos com tudo, nosso organismo é um sinal disso, com o passar do tempo as pessoas deixam de sentir cheiros desagradáveis se forem expostas a eles por muito tempo. Ou ainda deixam de ouvir ruídos altos porque ficaram muito tempo ouvindo naquela altura. Para o bem o para o mau, a gente se acostuma.

Se tiver muito medo, descubra a fonte, se for algo que consiga lidar, pode ir com medo mesmo, se acha que vai ser demais para você – como você se sente no momento – então talvez, seja o momento de simplesmente não ir. Nada vai mudar se não for, você não será pior ou melhor, você simplesmente terá tomado uma decisão. Não se cobre demais, curta a jornada, olhe a paisagem, se parecer que está muito longe, acompanhe seus passos, não se preocupe com a linha de chegada, ela vai chegar, independente da sua preocupação e o que você vai ter será a lembrança de como foi para chegar ali. Se tiver muito medo, não vai com medo mesmo.

Fonte: https://blackknightphotography.files.wordpress.com/2011/05/walking-into-the-sun.jpg

Essa frase, que supostamente deveria ser motivacional, pode te levar pro caminho errado.

Uma foto do nascer ou pôr-do-sol com efeitos de luzes, uma pessoa vista de costas, geralmente enquadrando as pernas para dar sensação de caminhar e a famosa frase que tomou conta das redes sociais por um tempo: se der medo, vai com medo mesmo.

A mensagem é carregada de informações motivacionais de que é necessário assumir riscos, deixar de procurar por uma desculpa e tentar encontrar uma solução. O intuito é, obviamente, dar um empurrãozinho. É direcionar aquelas pessoas que estão em cima do muro e que, com um pequeno sopro, acabam por tomar uma decisão e sair da inércia.

Neste caso, o conselho é válido. Sim, qualquer movimentação é melhor que o não-movimento. Um passo é melhor que nenhum, certamente, e caso você dê um passo para o lado errado, ao menos você aprendeu com o erro. Entretanto, é necessário ter um pouco de cautela para dar este primeiro passo.

Aprender com o erro é ótimo, e por isso movimentar-se faz-se necessário!

O erro que traz aprendizado deve ser valorizado e implementado na cultura corporativa. São muitos os casos de produtos inovadores que nasceram de tentativas fracassadas de criar novos produtos, algum tempo depois, por alguma outra pessoa que conseguiu ver naquele “fracasso” uma oportunidade de sucesso. É a gestão do conhecimento em detrimento da gestão do sucesso, tão somente.

É possível vislumbrar uma tendência de adoção de uma gama de metodologias adaptadas de diversas áreas e que trabalham com ferramentas de prototipagem, melhoria contínua e processo criativo — dentre outras — nas áreas de estudo de gestão estratégica, implantando indiretamente a cultura de aceitação ao erro, que carrega consigo o aprendizado sobre o que não fazer no futuro.

Mas é importante pontuar que essa tal “cultura do erro” culmina em resultado positivo só, e somente só, se existir um método que a direciona, adotando ferramentas que possibilitam a documentação das etapas e dos resultados, a análise dos dados compilados e, por fim, mas não menos importante, um banco de dados disponível para acesso futuro pelos demais colaboradores da companhia.

Por isso, a força de vontade sozinha não elimina todos os percalços da sua caminhada. Errar e continuar errando é um gasto de energia desnecessário e improdutivo que deve ser evitado. Construir um ambiente em que se cultive a força de vontade é essencial, além propiciar uma atmosfera que não denigra o real poder do fracasso, mas estimule o aprendizado coletivo a partir da coragem de alguns colaboradores em tentar algo novo, fracassar e não desistir.

Além disso, existe um outro fator complicante neste cenário: o medo. Esse estado de espírito restringe o alcance da visão, que foca tão somente na segurança, na sobrevivência. Se o medo existe, a impossibilidade de perceber novos cenários e novos caminhos também torna-se presente.

Se você vai com medo mesmo, você só pensa que aquilo deve acabar logo, independente do resultado. Para que seja possível extrair o máximo da situação e crescer pessoalmente, profissionalmente, emocionalmente e/ou psicologicamente, o primeiro passo, o movimento de auto-libertação daquela inércia que o prende, deve ser o de superação do medo.

Para que seja possível este movimento de superação é necessário, primeiramente, revivê-lo, convidá-lo ao presente e integrá-lo à sua personalidade. A existência do sentimento em si não é ruim, é o modo de a sua mente trazer à atenção algum ponto importante. É necessário, então, revivê-lo, integrando-o ao seu atual momento, focando a sua atenção e fazendo com que a sua própria consciência trabalhe para que este “problema” seja “sanado” internamente.

É possível encontrar atualmente diversas ferramentas que permitem o aprimoramento do autoconhecimento, o esclarecimento de gaps e de desenvolvimento de potenciais. O coaching, por exemplo, possui diversas metodologias aplicadas e utilizadas principalmente para o crescimento profissional. É uma ferramenta complexa, que amplia a visão do coachee — aquele que é assessorado no programa de coaching — e a sua percepção sobre os pontos desenvolvidos e aqueles à desenvolver. O ensina, basicamente, a autoanálise e a criar processos e metodologias próprias de autodesenvolvimento. Perene, é um programa que seus resultados acabam por se prolongarem e serem aplicados em todos os campos de vivência: relacionamentos pessoais e profissionais, gestão de todos os setores da sua vida, desenvolvimento de inteligência emocional, que resulta em um estado de espírito mais sereno e mais abrangente.

E este estado de espírito funciona como uma lupa, que aumenta a sua percepção do mundo, dos acontecimentos e das possibilidades.

Assim, além de não somente transformar seus gaps pontuais em competências, é possível aprender uma ferramenta que fornece material inesgotável para a melhoria contínua de todos os aspectos da sua vida.

Para que seja possível, então, atingir o maior desempenho em qualquer situação, seja ela profissional ou pessoal, é necessário que o autoconhecimento e a inteligência emocional estejam em suas melhores condições, não permitindo, pois, que o sentimento — seja ele o medo ou qualquer outro — se sobreponha.

Listemos, então, algumas etapas antes de começar a andar com medo mesmo:

  1. Se tem medo, identifique o motivo, vivencie-o novamente.
  2. Após identificado, trabalhe internamente para que seja possível integrá-lo. Coaching é uma boa ferramenta para isso.
  3. Com o medo integrado, planeje as suas ações.
  4. Com as ações planejadas e sem medo, vá!

Pronto! Agora é possível vislumbrar o sucesso de uma ação.

O brasileiro ainda não tem muito bem estabelecida a cultura do planejamento, para qualquer situação que vivencie. É verdade que quando existe a força de vontade, não existem limites para a criatividade do povo brasileiro — e este é um dos grandes diferenciais dos trabalhadores brasileiros. Mas o planejamento é a única ferramenta capaz de aumentar a performance e diminuir as tentativas e erros antes de se alcançar o sucesso, o que nos economiza muita energia, tempo e dinheiro.

Identifique. Planeje. Aja.

Insira o planejamento em suas atividades diárias, determine metas e objetivos, e trabalhe para que sejam alcançados com sucesso!

[Atualização — 15/11/2015 18:27]

Este é um vídeo que fala sobre a superação de medos. Ele mostra como esse processo de identificação-estudo-ação/(re)vivência do medo é efetivo e, no caso do autor, o ajudou não somente a superá-lo, mas a ser incrivelmente bom naquilo que antes era um trauma. Assista, vale a pena!

O eBook “Como desenvolver sua equipe em momentos de crise” é o primeiro material rico da Hunter Consulting Group relacionado ao assunto de desenvolvimento organizacional. Faça o download, confira!

Sobre a Hunter

Consultoria de RH generalista com mais de 17 anos de existência, atuante em todos os setores de desenvolvimento do capital humano: search, training,assessment e outplacement. Equipe com vasta experiência e conhecimento em planejamento e execução de projetos personalizados, abrangentes e assertivos.

Sobre o Autor

Rafael, 30 anos, é formado em Design pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Já trabalhou como diretor de arte e designer freelancer, mas encontrou sua paixão profissional no marketing & comunicação. Atualmente é gestor do departamento na Hunter Consulting Group e gosta de falar sobre os mais diversos assuntos ligados ao mundo corporativo: desenvolvimento humano, liderança, marketing, empreendedorismo, gestão, mercado e política.

Quando estiver com medo vai com medo mesmo?

VAI, E SE DER MEDO, VAI COM MEDO MESMO, NÃO FUJA… Atitude é a peça-chave para agir quando se sente medo. Se há uma coisa que faz alguém ter SUCESSO NA VIDA são as ATITUDES de coragem ao longo da vida. A diferença entre o MEDROSO e o CORAJOSO não é falta de MEDO mas sim a ATITUDE frente à ele.

De quem é a frase vai e se der medo vai com medo mesmo?

E aquela frase de Nelson Mandela, comum nas redes sociais, é a mais pura verdade: “coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele”. Ou como eu gosto de colocar de um jeito menos profundo: “vai… e se der medo, vai com medo mesmo! “. Sempre falo que do chão não passa, em todos os aspectos da vida.

Vai com medo mesmo psicologia?

Vai com medo mesmo! O cuidado em demasia pode nos impedir de descobrir felicidades que ainda não foram exploradas. Não é incomum sentir vontade de sair correndo, sem nem olhar para trás diante de algumas situações que a vida nos submete. Aliás, sentimos isso o tempo todo.

De quem é a frase coragem não é ausência de medo?

Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo. Nelson Mandela "Long Walk to Freedom", Nelson Mandela, 1995.