Por que o consumo de oxigênio aumenta substancialmente durante o exercício físico?

Limiar aeróbico e limiar anaeróbico são conceitos úteis para qualquer atleta que deseja melhorar seu desempenho. Eles estão ligados às mudanças que ocorrem em seu metabolismo durante o exercício e, portanto, têm um impacto sobre o benefício que você obtém de sua sessão de treino. Quando você entender os benefícios do treino nas zonas de intensidade determinadas pelos limiares, poderá treinar com mais eficiência para atingir suas metas.

O que é limiar aeróbico?

O limiar aeróbico é o ponto em que o nível de lactato no sangue começa a aumentar. O nível de condicionamento aeróbico de cada indivíduo determina a frequência cardíaca real no limiar aeróbico. Por exemplo, o limiar aeróbico de pessoas com um condicionamento aeróbico fraco pode estar a 60% da sua FC máx., enquanto que, para atletas treinados, ele pode ser até 85% da sua FC máx.

Um limiar aeróbico mais alto permite treinar com maior intensidade sem o acúmulo de lactato. Quando você pretende melhorar seu limiar aeróbico, o segredo é enfatizar o treino de baixa intensidade. O aumento dos capilares e o desenvolvimento do metabolismo dos ácidos graxos melhoram a capacidade do corpo de aumentar a intensidade do treino sem aumentar tanto o nível de lactato, fazendo com que ele não possa mais ser quebrado. Na prática, isso significa que você pode continuar em alta intensidade por mais tempo.

O que é limiar anaeróbico?

Seu limiar anaeróbico é a intensidade de exercício mais alta que você pode manter por um período prolongado, sem que o lactato se acumule substancialmente no sangue. Quando você ultrapassa seu limiar anaeróbico, seu metabolismo anaeróbico aumenta e o lactato sanguíneo começa a se acumular, o que fará os músculos enrijecerem.

Como o limiar aeróbico, você melhora o limiar anaeróbico forçando-o para cima. Isso significa que você estará treinando principalmente um pouco abaixo do seu limiar ou até o ultrapassando de vez em quando. À medida que seu limiar anaeróbico aumentar, você será capaz de treinar com uma intensidade maior sem que o lactato enrijeça seus músculos.

Como descobrir seu limiar individual

Existem várias maneiras de descobrir seus limiares anaeróbico e aeróbico. Uma das formas mais conhecidas é um teste de exercício em que o nível de intensidade aumenta passo a passo, e amostras de sangue são retiradas do dedo para monitorar as mudanças na concentração de lactato do sangue. É por isso que o limiar aeróbico e o limiar anaeróbico são frequentemente chamados de limiares de lactato (LT inferior e superior ou LT1 e LT2).

O aumento do nível de lactato no sangue leva a um aumento da ventilação e da produção de CO2, de modo que seu limiar aeróbico e seu limiar anaeróbico também podem ser determinados pela ventilação e pelos gases respiratórios. Na prática, isso significa fazer um teste de exercício usando uma máscara que mede o consumo de oxigênio e a quantidade de CO2 na expiração. Esses limiares também podem ser chamados de limiares ventilatórios (VT1 e VT2).

1.     Introdu��o

    Durante muito tempo o treinamento resistido, tamb�m conhecido como muscula��o, foi desaconselhado e contra-indicado para indiv�duos portadores de diversas cardiopatias, pelo fato de, durante a execu��o dessa modalidade de exerc�cios, a freq��ncia card�aca e a press�o arterial poderia sofrer uma eleva��o exacerbada (26) o que representaria um risco potencial para o rompimento de aneurismas cerebrais preexistentes (21).

    No entanto, o baixo �ndice de acidentes cardiovasculares durante os exerc�cios resistidos (18), e um melhor conhecimento da fisiologia do exerc�cio por parte dos profissionais da �rea de sa�de pode trazer uma maior tranq�ilidade quanto � utiliza��o dos exerc�cios resistidos em diversas popula��es. Assim, essa atividade passou a ser considerada adequada e aconselhada a v�rios grupos de indiv�duos, como idosos (22, 7, 1), portadores de doen�a cardiovascular (45, 36) e adultos saud�veis (2, 20).

    Considerando os ganhos musculoesquel�ticos provocados por esses exerc�cios (14), o interesse por parte de muitos estudiosos em esclarecer melhor a import�ncia dos exerc�cios resistidos nas cardiopatias vem crescendo expressivamente. O fato de os exerc�cios resistidos poderem induzir um grande aumento na press�o arterial e freq��ncia card�aca durante a execu��o de exerc�cios com carga m�xima talvez explique o conceito equivocado que alguns profissionais de sa�de ainda t�m no sentido de que o treinamento resistido seria uma atividade de alto risco cardiovascular.

    Em vista do exposto, esta revis�o bibliogr�fica discute quest�es pertinentes �s adapta��es agudas e cr�nicas dos exerc�cios resistidos no sistema cardiovascular, procurando desmistificar algumas concep��es equivocadas de que os exerc�cios resistidos s�o hemodinamicamente perigosos.

2.     Adapta��es fisiol�gicas e exerc�cio f�sico

    A adapta��o � um fen�meno biol�gico fundamental que tem grande relev�ncia pr�tica nas atividades f�sicas e no esporte. Nesse sentido, o treinamento f�sico regular provoca uma s�rie de est�mulos que produzem modifica��es e adapta��es estruturais e funcionais (44).

    As adapta��es (respostas) fisiol�gicas do exerc�cio f�sico s�o decorrentes do processo de treinamento f�sico e podem ser de ordem aguda ou cr�nica. As adapta��es agudas, tamb�m denominadas �respostas agudas�, s�o aquelas que ocorrem em associa��o direta com a sess�o de exerc�cio e podem ser subdivididas em imediatas ou tardias (3). As respostas agudas imediatas s�o as que ocorrem nos per�odos pr�-imediato e p�s-imediato r�pido, at� alguns minutos ap�s o t�rmino do exerc�cio (3), como aseleva��es na freq��ncia card�aca, na press�o arterial e na temperatura corporal.

    J� as adapta��es agudas tardias s�o aquelas observadas ao longo das primeiras 24 ou 48 horas, �s vezes at� 72 horas, ap�s uma sess�o de exerc�cios e podem ser exemplificadas pelas redu��es nos n�veis tencionais e pelo aumento da sensibilidade insul�nica (3).

    As adapta��es cr�nicas s�o aquelas que resultam da exposi��o sistem�tica a sess�es de exerc�cios, representando as altera��esmorfofuncionais que diferenciam um indiv�duo fisicamente treinado de um n�o treinado. Por sua vez, as adapta��es cr�nicas s�o bem representadas pela bradicardia de repouso, hipertrofia muscular e eleva��o da pot�ncia aer�bia (3, 44).

    As respostas adaptativas alcan�adas com os est�mulos oferecidos pelo processo de treinamento f�sico recebem as caracter�sticas do tipo de exerc�cio sistematicamente utilizado nos treinos. Nesse contexto, podem-se caracterizar os exerc�cios f�sicos em dois tipos distintos, ou seja, exerc�cios din�micos ou isot�nicos (contra��o muscular, seguida de movimento articular) e est�ticos ou isom�tricos (contra��o muscular, sem movimento articular), cada um implicando respostas cardiovasculares distintas (15). Desse modo, cada exerc�cio determina o grau de atividade dos v�rios �rg�os, dos diferentes tipos de m�sculos e unidades motoras utilizadas na execu��o do movimento (46).

    Apesar de as respostas fisiol�gicas aos exerc�cios din�micos e est�ticos serem caracterizadas de forma distinta quando se realiza uma s�rie de exerc�cios resistidos de alta intensidade, esses s�o executados de forma que os exerc�cios din�micos possam apresentar um componente isom�trico bastante elevado, de modo que as respostas cardiovasculares durante sua execu��o se assemelhem �quelas observadas nos exerc�cios est�ticos (10).

    Dessa forma, as adapta��es cardiovasculares ao treinamento aer�bio s�o diferentes das adapta��es ao treinamento resistido. Em geral, essas diferen�as s�o causadas pela necessidade de bombear uma grande quantidade de sangue a uma press�o relativamente baixa no caso dos exerc�cios aer�bios, ao passo que durante os exerc�cios resistidos uma quantidade relativamente pequena de sangue � bombeada a uma press�o alta (14). Assim, para suprir a nova demanda metab�lica e manter a homeostasia, v�rias adapta��es fisiol�gicas nos sistemas corporais e, em particular, no cardiovascular s�o necess�rias.

3.     Adapta��es agudas do treinamento resistido no sistema cardiovascular

    Durante a execu��o de uma s�rie de exerc�cios resistidos, a press�o arterial aumenta substancialmente (34), podendo alcan�ar cifras de 320/250 mil�metros de merc�rio (mmHg) para press�o arterial sist�lica e diast�lica, respectivamente, durante exerc�cios realizados com a��es musculares volunt�rias m�ximas, ou seja, intensidade m�xima (26).

    Por outro lado, essas cifras exorbitantes n�o foram encontradas durante a execu��o de exerc�cios resistidos com intensidades subm�ximas (33, 30, 31). Os n�veis elevados de press�o arterial encontrados em estudos com fisiculturistas nos quais os exerc�cios foram realizados at� o ponto de fal�ncia, ou seja, com a��es musculares volunt�rias m�ximas (26), n�o podem ser equiparados aos resultados encontrados em outras popula��es que realizaram exerc�cios subm�ximos (33, 30, 31).

    A esse respeito, em estudo realizado por Meyer et al. (31) em pacientes com insufici�ncia card�aca, que realizaram exerc�cios no leg press, com carga relativa a 60% e 80% de uma repeti��o m�xima, as respostas press�ricas foram de 144 mmHg (sist�lica) e 71 mmHg (diast�lica), durante 60% de uma repeti��o m�xima, e 145 mmHg (sist�lica) e 69 mmHg (diast�lica), durante 80% de uma repeti��o m�xima. De forma semelhante, por�m com carga relativa a 70% de uma repeti��o m�xima, Mckelvie el al. (30) obtiveram os resultados de 189/98 mmHg para as press�es arteriais sist�lica e diast�lica, respectivamente.

    A eleva��o da press�o arterial est� provavelmente relacionada ao aumento do d�bito card�aco, aumento das press�es intra-abdominal e intrator�cica e ao aumento acentuado da press�o intramuscular que ocorre durante o esfor�o contr�til (12). Esse aumento da press�o intramuscular promove uma diminui��o acentuada ou, at� mesmo, uma obstru��o do fluxo sang��neo, em raz�o do bloqueio mec�nico imposto pela massa muscular contra�da (26). No entanto, o aumento repentino da press�o arterial durante a contra��o muscular pode tamb�m estar relacionado � realiza��o da manobra de valsava que normalmente acompanha as contra��es musculares intensas (13, 26).

    Conseq�entemente, as maiores press�es arteriais s�o alcan�adas com s�ries longas, levadas at� exaust�o, o que permite que ocorram todos os fatores que contribuem para um aumento da press�o arterial e da freq��ncia card�aca, (26, 13), ao passo que as s�ries realizadas em intensidades subm�ximas s�o insuficientes em dura��o e intensidade para aumentar exacerbadamente a press�o arterial e a freq��ncia card�aca.

    Em rela��o �s respostas press�ricas imediatas, MacDougall et al. (26) constataram que, durante uma s�rie de exerc�cios resistidos, em contra��o volunt�ria m�xima at� a exaust�o, ocorrem picos press�ricos durante a contra��o conc�ntrica que provocam uma eleva��o extrema das press�es arteriais sist�lica e diast�lica (Figura 1). Por�m, imediatamente ap�s a �ltima repeti��o, a press�o arterial sist�lica e a diast�lica declinam rapidamente, abaixo dos valores pr�-exerc�cio, retornando ao normal ap�s � 10 segundos do t�rmino do exerc�cio. A r�pida queda da press�o arterial imediatamente ap�s o exerc�cio � causada, provavelmente, pela s�bita perfus�o do fluxo sang��neo, que permanecera previamente oclu�do.

    Nessa mesma linha de racioc�nio, Fleck e Dean (13), procurando ilustrar a influ�ncia do grau de treinamento nas respostas cardiovasculares imediatas de um grupo de fisiculturistas, comparando-o com um grupo de iniciantes e um grupo de sedent�rios, descobriram que a experi�ncia de treinamento pode diminuir as respostas press�ricas e a freq��ncia card�aca durante o treinamento. Portanto, as respostas m�ximas da freq��ncia card�aca e press�es arteriais sist�lica e diast�lica foram menores nos fisiculturistas que nos outros grupos para a mesma carga relativa. Pode-se especular ent�o, que o treinamento pr�vio tem um car�ter preventivo, reduzindo os valores press�ricos extremos observados nos exerc�cios com cargas m�ximas (14).

    Notavelmente, n�veis elevados de press�o arterial s�o acompanhados por um progressivo aumento na freq��ncia card�aca, que pode alcan�ar os n�veis de 166 bpm (batimentos por minuto) (26), 160 bpm (34) em exerc�cios resistidos realizados com intensidades m�ximas. Em contrapartida, em exerc�cios resistidos realizados com intensidades subm�ximas, as respostas da freq��ncia card�aca n�o alcan�am n�veis t�o altos, ou seja, 86 bpm, como verificado por Mckelvie et al. (30), e 90 bpm, relatado nos estudos de Meyer et al. (31).

    Na realiza��o de exerc�cios com componentes est�ticos, a obstru��o do fluxo sang��neo leva a que os metab�licos produzidos durante a contra��o se acumulem, ativando quimiorreceptores musculares, os quais promovem aumento expressivo da atividade nervosa simp�tica, ocasionando um aumento da freq��ncia card�aca (10). Dessa forma, o d�bito card�aco sofre pequenos aumentos, que se devem � eleva��o da freq��ncia card�aca, n�o do volume sist�lico (26). A respeito, � interessante ressaltar que, nos exerc�cios com componentes est�ticos, a magnitude das respostas cardiovasculares � influenciada pela intensidade do exerc�cio, pela dura��o e massa muscular envolvida (15).

    Em contrapartida, nos exerc�cios com componente din�mico (isot�nico), como as contra��es s�o seguidas de movimentos articulares, n�o existe obstru��o mec�nica do fluxo sangu�neo, de modo que, nesse tipo de exerc�cio, tamb�m se observa aumento da atividade nervosa simp�tica, que � desencadeada pela ativa��o do comando central, mecanorreceptores musculares e, dependendo da intensidade do exerc�cio, metaborreceptores musculares (15)

    Nesse sentido, pode-se dizer que os exerc�cios resistidos realizados com intensidade m�xima apresentam uma freq��ncia card�aca e uma press�o arterial mais elevada do que os exerc�cios resistidos com intensidades subm�ximas, por possu�rem um componente est�tico maior.

    Diferentemente do que ocorre com a press�o arterial, durante toda a s�rie de exerc�cios resistidos realizados em contra��o volunt�ria m�xima a freq��ncia card�aca permanece elevada tanto nas contra��es conc�ntricas como nas contra��es exc�ntricas (Figura 1) (26).

Por que o consumo de oxigênio aumenta substancialmente durante o exercício físico?

Figura 1. Comportamento da press�o arterial media e da freq��ncia card�aca durante a execu��o 

de uma s�rie no leg press a 95% da carga volunt�ria m�xima. (MacDougall et al, 1985)

3.1.     Respostas press�ricas p�s-exerc�cio

    As redu��es na press�o arterial para valores abaixo dos n�veis de controle (pr�-exerc�cio) ap�s o t�rmino do exerc�cio f�sico s�o denominadas efeito hipotensivo p�s-exerc�cio. Por sua vez, as respostas press�ricas p�s-exerc�cio resistido apresentam resultados conflitantes, bem como os seus mecanismos de regula��o permanecem ainda pouco estudados. Nesse contexto, os estudos que investigam as adapta��es agudas p�s-exerc�cios resistidos sobre a press�o arterial t�m constatado aumento (16, 8, 32, 38), manuten��o (42, 32, 16) e at� redu��o da press�o arterial (37, 40, 41 43, 11, 5) ap�s a realiza��o de uma �nica sess�o de exerc�cios resistidos.

    O aumento da press�o arterial sist�lica � observado imediatamente ap�s a realiza��o de uma se��o de exerc�cios resistidos com intensidades elevadas (38, 32, 16). Tentando ilustrar essa situa��o, O`Connor et al. (32) compararam tr�s sess�es, realizadas a 40, 60 e 80% de dez repeti��es m�ximas (10RM), demonstrando que a press�o arterial sist�lica elevou-se logo ap�s as sess�es realizadas a 60 e 80% de 10RM, o que perdurou por at� 1 minuto (min) ap�s o t�rmino da sess�o com carga referente a 60% de 10RM e at� 15 min ap�s o t�rmino da sess�o com carga referente a 80% de 10RM. Considerando as observa��es de O`Connor et al. (32) pode-se inferir que a eleva��o da press�o arterial sist�lica imediatamente ap�s o t�rmino do exerc�cio pode estar relacionada � intensidade do exerc�cio. Em contraposi��o, Brown et al. (8) observaram que a press�o arterial sist�lica permaneceu elevada ap�s uma sess�o de exerc�cios resistidos realizada com carga referente a 40 e 70% de uma repeti��o m�xima (1RM), o que perdurou at� 5 min ap�s o t�rmino de ambas as sess�es.

    Percebe-se, ent�o, que a magnitude da eleva��o da press�o arterial sist�lica pode estar relacionada com a intensidade do exerc�cio. Os maiores per�odos em que a press�o arterial sist�lica permaneceu elevada foram relatados com intensidades correspondentes a 80% de 10RM (15 minutos de eleva��o da press�o arterial sist�lica) (32) e 80% de 1RM (20 minutos de eleva��o da press�o arterial sist�lica) (16).

    Com rela��o ao efeito hipotensivo, evidenciam-se redu��es significativas da press�o arterial nos momentos subseq�entes ao t�rmino de uma sess�o de exerc�cio resistido.

    No trabalho de Fisher (11), estudando mulheres normotensas e pr�-hipertensas que haviam trabalhado numa intensidade correspondente a 50% de 1RM, verificou-se redu��o significativa da press�o arterial sist�lica ap�s 60 min do t�rmino do exerc�cio. Nesse enfoque, Polito et al. (37) tamb�m verificaram redu��es na press�o arterial sist�lica ap�s 10 minutos do t�rmino da sess�o, redu��o que perdurou por at� 60 minutos ap�s o final do trabalho, realizado numa intensidade alta, com carga correspondente a seis repeti��esm�ximas (6RM); o mesmo efeito ocorreu com umaintensidade relativamente baixa, ou seja, doze repeti��es, com a carga correspondente a 50% daquela associada a 6RM, por�m a redu��o na press�o arterial sist�lica perdurou por somente 40 minutos.

    Refor�ando essa hip�tese, Rezk (39) tamb�m verificou um efeito hipotensivo p�s-exerc�cios resistidos utilizando diferentes sobrecargas. A queda da press�o arterial sist�lica foi de 6mmHg na sess�o realizada numa intensidade correspondente a 40% de 1RM e volume de trabalho de vinte repeti��es, e de 8mmHg na sess�o realizada numa intensidade correspondente a 80% de 1RM e volume de trabalho de dez repeti��es. Essas redu��es perduraram durante 90 minutos ap�s o t�rmino do exerc�cio.

    Nessa linha de pensamento, � v�lido salientar os relatos de Macdonald (25), que verificou redu��es m�dias de 8mmHg na press�o arterial sist�lica p�s-exerc�cio aer�bio. Desse modo, tanto os exerc�cios aer�bios como os resistidos apresentam redu��es na press�o arterial sist�lica p�s-exerc�cio de formasemelhante.

    Quanto � press�o arterial diast�lica, alguns estudos n�o puderam demonstrar qualquer efeito hipotensivo ap�s o t�rmino de uma sess�o de exerc�cios resistidos (42, 32, 38, 11). Contudo, Polito et al. (37) observaram redu��o na press�o arterial diast�lica durante 10 minutos ap�s uma sess�o de exerc�cios resistidos realizados numa intensidade relativamente baixa, de doze repeti��es, com carga correspondente a 50% daquela associada a 6RM.

    Outros autores, como Focht e Koltyn (16) e Rezk (39), tamb�m constataram que a press�o arterial diast�lica diminuiu significativamente em rela��o ao repouso, entretanto com uma carga relativamente baixa, entre 40% e 50% de 1RM. Nesse particular, � importante salientar que o efeito hipotensivo na press�o arterial diast�lica pode estar relacionado com a intensidade do exerc�cio.

    Por outro lado, Brown et al. (8) verificaram um efeito hipotensivo na press�o arterial diast�lica para intensidades entre 40% e 70% de 1RM. Esses achados diferem dos estudos de Polito et al. (37) Focht e Koltyn (16) Rezk (39), que somenteencontraram hipotens�o p�s-exerc�cio na press�o arterial diast�lica com cargas relativamente baixas.

    De forma semelhante, todos os estudos mencionados n�o demonstraram quaisquer eleva��es na press�o arterial diast�lica ap�s uma �nica sess�o de exerc�cios resistidos.

4.     Adapta��es cr�nicas do treinamento resistido no sistema cardiovascular

4.1.     Adapta��es morfol�gicas

    A exposi��o prolongada e repetida ao exerc�cio pode causar altera��es estruturais e funcionais no sistema cardiovascular. Nesse sentido, a literatura tem demonstrado que o cora��o se adapta a uma carga hemodin�mica aumentada, seja est� resultante de est�mulos providos pelo treinamento f�sico, seja por alguma patologia (35). Dessa forma, tem se verificado que o treinamento resistido pode provocar adapta��es cardiovasculares que se assemelham �s adapta��es provocadas pela hipertens�o, isto �, aumento da espessura da parede ventricular e do tamanho da c�mara ventricular (14).

    Caracteristicamente, o treinamento resistido induz eleva��es na press�o arterial (26, 13, 34). No entanto, o aumento da espessura da parede do ventr�culo esquerdo � uma adapta��o provocada pelas press�es sang��neas intermitentemente elevadas durante o treinamento resistido (14). Essa sobrecarga de press�o no cora��o est� associada ao espessamento da parede ventricular esquerda e � manuten��o da cavidade ventricular, o que � denominado de �hipertrofia ventricular esquerda conc�ntrica� (35).

    Nesse sentido, Fleck (12) assinala que o treinamento resistido pode causar aumento da espessura da parede ventricular esquerda, por�m isso n�o � uma conseq��ncia necess�ria de todos osprogramas de treinamento resistido. Os fatores relacionados � espessura ventricular esquerda aumentada incluem o n�vel de treinamento, o fato de as s�ries serem m�ximas ou subm�ximas e o tamanho da massa muscular envolvida no treinamento (14).

    Com rela��o ao aumento do volume ventricular esquerdo, que pode ser denominado de �hipertrofia ventricular esquerda exc�ntrica� (35), normalmente � considerado um indicativo de sobrecarga de volume que ocorre tipicamente em atletas de endurance (maratonistas, ciclistas). Nesse contexto, a maior parte dos estudos que investigaram os exerc�cios resistidos indica que o treinamento resistido tem pouco ou nenhum impacto nas dimens�es das c�maras card�acas (14, 12).

    Nesse particular, ao serem analisados as adapta��es cardiovasculares provocadas pela hipertens�o arterial e pelo treinamento resistido, verificam-se algumas semelhan�as. Entretanto, se essas adapta��es s�o examinadas detalhadamente, � poss�vel observar diferen�as entre elas. A fim de distinguir as caracter�sticas entre ambas, t�m sido usados os termos �hipertrofia patol�gica�, para as mudan�as que ocorrem com a hipertens�o, e �hipertrofia fisiol�gica�, para as mudan�as que ocorrem com o treinamento resistido (14).

4.2.     Adapta��es hemodin�micas

    Existe ainda a concep��o de que as press�es sang��neas intermitentemente elevadas durante o treinamento resistido possam causar o aumento da espessura da parede do ventr�culo esquerdo (14), resultando num aumento cr�nico da press�o arterial (hipertens�o). Essa hip�tese � ainda muito utilizada pelos profissionais da �rea da sa�de quando da prescri��o ou da indica��o de alguma forma de exerc�cio para hipertensos.

    Nesse sentido, os estudos longitudinais que analisaram os efeitos dos exerc�cios resistidos sobre a press�o arterial s�o escassos e apresentam resultados conflitantes. Essesestudos t�m demonstrado que o treinamento resistido pode levar a um aumento (12), a um decr�scimo (24, 27) ou a uma manuten��o (6) da press�o arterial. De acordo com Fleck e Kramer (14), a concep��o err�nea comum de que o treinamento resistido resulta em hipertens�o, quando ocorre, provavelmente, est� relacionada � hipertens�o essencial, excesso de treinamento cr�nico, uso de ester�ides, grandes aumentos em massa muscular ou aumento no peso total do corpo.

    Entretanto, Halbert et al. (19), em metan�lise avaliando apenas ensaios cl�nicos randomizados, constaram que as evid�ncias encontradas sobre o efeito do treinamento resistido na diminui��o dos valores press�ricos n�o apresentaram resultados estatisticamente significativos. Contudo, esses resultados s�o baseados em apenas tr�s pequenos estudos, com um total de 49 participantes, o que torna as evid�ncias para o efeito do treinamento resistido sobre a press�o arterial, de certa forma, inconclusivas.

    Conv�m destacar que, em outros estudos envolvendo treinamento resistido, foi observada redu��o na press�o arterial sist�lica e diast�lica em adultos (23), e idosos (27). Confirmando esses resultados, Kelley e Kelley (24), utilizando-se de uma metan�lise de ensaios cl�nicos randomizados envolvendo indiv�duos normotensos e hipertensos, observaram que o treinamento resistido reduziu, em m�dia, 3% a press�o arterial sist�lica e 4% a press�o arterial diast�lica em ambos os grupos. Conclu�ram, assim, que os exerc�cios resistidos s�o eficazes para reduzir a press�o arterial sist�lica e diast�lica.

    Entretanto, o simples fato de o exerc�cio resistido n�o provocar eleva��es cr�nicas nos valores press�ricos j� �, por si, um dado importante, visto que as qualidades f�sicas for�a e resist�ncia muscular localizada, desenvolvidas com essa atividade s�o essenciais no desenvolvimento das atividades da vida di�ria, o que justifica a aplica��o desse tipo de exerc�cio para efeito de melhora na aptid�o f�sica (5).

    Embora existam evid�ncias de que o treinamento resistido provoque uma diminui��o nos valores press�ricos, essa problem�tica ainda precisa ser mais bem estudada, haja vista que o efeito hipotensivo n�o se apresenta de forma consensual na literatura atrav�s do exerc�cio resistido.

    Em rela��o � bradicardia de repouso, conv�m destacar que freq��ncias card�acas baixas s�o normalmente aceitas como um poss�vel efeito do treinamento e s�o geralmente fundamentadas pelo treinamento aer�bio. Assim, aumentos na massa muscular e na massa corp�rea total associada aos exerc�cios resistidos resultam numa larga demanda no d�bito card�aco na ordem de suprir um aumento no metabolismo de repouso. Esses aumentos na massa muscular e na massa corp�rea total podem ser paralelos e proporcionais ao volume sist�lico de repouso (9). Nesse sentido os aumentos no volume sist�lico possibilitam que o cora��o satisfa�a � demanda por sangue sem aumentar a freq��ncia card�aca.

    Conforme Fleck (12), em geral, a literatura tem apontado para o fato de que os fisiculturistas e os levantadores de peso t�m uma freq��ncia card�aca entre 60 e 74 batimentos por minuto, que n�o � significativamente diferente daquela dos sujeitos sedent�rios. Por�m, outros estudos com per�odos curtos em torno de 6 a 20 semanas t�m reportado diminui��es significativas, de 4.7% at� 12.7%, na freq��ncia card�aca de repouso.

    De acordo com Brown e Brechue (9), dois cen�rios podem ocorrer com essa observa��o, visto que o treinamento resistido em indiv�duosdestreinados pode induzir a uma adapta��o precoce similar � que ocorre no treinamento aer�bio, ou seja, aumento no volume sist�lico; sem um concomitante aumento no metabolismo de repouso e na demanda por sangue, a freq��ncia card�aca � diminu�da.

    Com rela��o ao volume sist�lico, estudos longitudinais t�m relatado que atletas altamente treinados com peso t�m um volume sist�lico maior se comparados a um grupo controle ou a indiv�duos que treinam recreacionalmente (9). Assim, parece razo�vel sugerir que o grau de treinamento pode influenciar no volume sist�lico absoluto. Contudo, aumentos absolutos no volume sist�lico em atletas treinados em resist�ncia em compara��o ao grupo de controle podem ser explicados, em parte, pelo aumento da massa corp�rea total (12).

5.     Exerc�cios resistidos e seguran�a cardiovascular

    No passado, os exerc�cios resistidos eram considerados hemodinamicamente perigosos para pacientes com doen�a arterial coronariana por estarem associados a grandes aumentos na freq��ncia card�aca e na press�o arterial (12, 45). As eleva��es da freq��ncia card�aca e da press�o arterial representam um aumento no duplo produto, que � refletido na demanda de oxig�nio pelo mioc�rdio, podendo, potencialmente, aumentar a probabilidade de ocorrerem arritmias, isquemia do mioc�rdio ou disfun��o do ventr�culo esquerdo em pacientes com cardiopatias (45).Inversamente, o aumento da press�o arterial diast�lica pode aumentar a press�o de perfus�o do mioc�rdio, o que facilita o aumento da perfus�o coronariana (45, 36, 28).

    Embora os exerc�cios resistidos terem sido tradicionalmente desaconselhados em pacientes com doen�a arterial coronariana, parecem ser menos perigosos do que se imaginava. Primeiramente, o duplo produto nos esfor�os m�ximos � menor nos exerc�cios resistidos do que nos exerc�cios aer�bios, em decorr�ncia de um menor pico de resposta da freq��ncia card�aca. Al�m disso, outros fatores merecem destaque, ou seja, o aumento da perfus�o subendocard�ca em decorr�ncia da eleva��o da press�o arterial diast�lica e o decr�scimo no retorno venoso e no volume diast�lico do ventr�culo esquerdo contribuem para uma menor tens�o da parede do mioc�rdio. Isso tudo pode estar relacionado a uma baixa incid�ncia de respostas isqu�micas durante os exerc�cios resistidos (36).

    Refor�ando essa hip�tese, recentemente, a Cl�nica Cooper e a Universidade da Fl�rida relataram ter avaliado mais de 26.000 testes de carga m�xima, apresentando apenas uma ocorr�ncia de evento cardiovascular (18). Em contrapartida, n�o � raro a incid�ncia de intercorrencias e morte s�bita estarem relacionadas com exerc�cios aer�bios (29).

    Mckelvie et al. (30) compararam as respostascardiovasculares agudas de pacientes com insufici�ncia card�aca durante a realiza��o de exerc�cios resistidos a 70% de uma repeti��o m�xima com as respostas produzidas no ciclo erg�metro a 70% do pico de pot�ncia. No estudo, as respostas da press�o arterial sist�lica foram similares quando se compararam as duas modalidades de exerc�cios, por�m, a freq��ncia card�aca e o duplo produto foram menores nos exerc�cios resistidos em rela��o aos exerc�cios realizados no ciclo erg�metro; j� a press�o arterial diast�lica foi maior nos exerc�cios resistidos do que no ciclo erg�metro (Tabela 1). Essas descobertas remetem ao fato de que um menor duplo produto reflete num menor consumo de oxig�nio pelo mioc�rdio e uma press�o diast�lica alta pode melhorar a perfus�o do mioc�rdio.

    De forma pioneira, Oliver et al. (33) avaliaram as respostas cardiovasculares agudas dos exerc�cios resistidos em pacientes transplantados (cora��o). Os resultados do estudo indicaram que os exerc�cios resistidos numa intensidade de 50% de uma repeti��o m�xima podem ser seguros e aceit�veis fisiologicamente em pacientes transplantados. Tais conclus�es s�o baseadas no ajustamento hemodin�mico e da press�o arterial moderada observada em todos os pacientes.

    Nesse sentido, � importante ressaltar que, durante a realiza��o de exerc�cios resistidos em cardiopatas e em reabilita��o card�aca, a incid�ncia de arritmias, isquemias e anormalidades no segmento ST parece ser pouco observada (4, 17, 31,30).

    Embora haja evid�ncias de que o treinamento resistido � extremamente seguro para a maioria da popula��o, a literatura tem reportado apenas tr�s casos, n�o fatais, de acidente vascular encef�lico aparentemente desencadeado por essa forma de exerc�cio (21).

Diante do exposto, torna-se poss�vel inferir que o treinamento resistido subm�ximo � uma forma segura de exerc�cios para a maioria da popula��o e est� associado com um risco m�nimo de eventos cardiovasculares at� mesmo naqueles indiv�duos com incid�ncia de infarto do mioc�rdio e insufici�ncia card�aca (29)

Tabela 1. Compara��o dos valores m�dios das press�es arteriais sist�lica e diast�lica, freq��ncia 

card�aca e duplo produto durante o exerc�cio no Leg press e ciclo erg�metro (adaptado de McKelvie et al. 1995)

Por que o consumo de oxigênio aumenta substancialmente durante o exercício físico?

6.     Considera��es finais

    Revisadas in�meras pesquisas a respeito dos exerc�cios resistidos e suas rela��es com as adapta��es cardiovasculares, percebe-se que h� uma tend�ncia entre os estudiosos de afirmar que, se realizados de forma apropriada, os exerc�cios resistidos podem ser muito seguros para a sa�de cardiovascular da popula��o em geral.

    Observa-se tamb�m que os exerc�cios resistidos provocam adapta��es agudas e cr�nicas no sistema cardiovascular, de modo que os sujeitos que os realizam de forma controlada, utilizando-se de cargas de trabalho subm�ximas, podem ser beneficiados em rela��o �s respostas hiporresponsivas da freq��ncia card�aca e press�o arterial.

    Diante do exposto, espera-se ter reunido informa��es que venham contribuir para ampliar os atuais n�veis de conhecimento quanto aos exerc�cios resistidos e que os resultados possam servir como referencial para futuras interven��es investigativas em diferentes popula��es, com metodologias que possam esclarecer melhor todas as quest�es ainda obscuras sobre o assunto.

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Por que o consumo de oxigênio aumenta substancialmente durante o exercício físico?

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EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 15 � N� 153 | Buenos Aires,Febrero de 2011
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Por que o consumo de oxigênio aumenta durante o exercício físico?

Quando se realiza qualquer tipo de exercício físico, seja uma simples caminhada até o trabalho ou um treinamento programado constituído por exercícios de elevada intensidade, há aumento no consumo de oxigênio em razão do aumento da demanda de vários órgãos e, principalmente dos músculos.

Por que a necessidade de O2 aumenta tanto durante a corrida?

a) Por que a necessidade de O2 aumenta tanto durante a corrida? A atividade muscular intensificada aumenta a demanda por ATP, que é produzido mais eficazmente no metabolismo mitocondrial (ciclo de Krebs e cadeira respiratória). Este, por sua vez, é dependente da concentração de O2 disponível.

Como o oxigênio participa da produção energética durante o exercício físico?

O oxigênio se difunde do sangue para o músculo, e a taxa de difusão depende da magnitude do gradiente da pO2 entre o sangue capilar e a mitocôndria muscular (onde o oxigênio é utilizado na fosforilação oxidativa), assim como da distância em que o oxigênio deverá difundir-se.

Porque a quantidade de O2 consumido e co2 produzido aumentou logo após o exercício?

Segundo Gaesser & Brooks4, o principal fator contribuinte para o aumento na taxa metabólica pós-exercício é a temperatura corporal elevada. Há um aumento na atividade enzimática com a elevação na temperatura corporal, sendo possível esperar uma relação direta entre o consumo de oxigênio e a temperatura.