Quais precauções devem ser tomadas com os pacientes com tuberculose?

Quais precauções devem ser tomadas com os pacientes com tuberculose?

Você sabia que mais de 4 mil pessoas morrem de tuberculose no Brasil todos os anos? No mundo, cerca de 30 mil pessoas ainda são infectadas pela doença diariamente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas você não precisa se preocupar, pois existem medidas simples que podem evitar a doença. Para te ajudar a manter a saúde em dia, neste 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, trazemos para você as principais formas de se prevenir dessa doença infecciosa. Confira![/vc_column_text]

Sobre a tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria, conhecida como Bacilo de Koch. Ela atinge principalmente os pulmões, mas também pode alcançar outras partes do corpo, como rins, ossos e meninges.

Apesar de diminuir a cada ano, essa doença permanece matando muitas pessoas em todo o planeta e está longe de ser erradicada, ao contrário do que parte da população acredita. Mas você sabe como a tuberculose é transmitida?

Forma de contágio e sintomas

A transmissão da doença ocorre de pessoa para pessoa, por meio de gotículas de saliva que podem se espalhar pelo ar quando um infectado tosse, espirra ou fala.

Qualquer um pode ser acometido pela bactéria, mas devido à baixa imunidade, atinge principalmente pessoas com outras doenças, como:

  • Câncer;
  • Diabetes;
  • Alcoolismo;
  • Tabagismo;
  • Pessoas que vivem com HIV.

Por isso, se você está em um desses grupos de maior risco, é essencial seguir nossas dicas de prevenção e ficar de olho nos sintomas. O mais frequente deles é a tosse por mais de três semanas, que pode ser seca ou acompanhada de secreção.

Outros sinais que indicam a tuberculose são:

  • Cansaço excessivo;
  • Falta de apetite;
  • Emagrecimento;
  • Dor no peito;
  • Febre no fim da tarde;
  • Suores noturnos.

Apesar de sua grande disseminação, existem medidas muito simples que podem prevenir a tuberculose. Fique ligado nas nossas dicas e tenha certeza de que não está deixando nenhuma medida importante para trás!

Prevenção

A principal medida preventiva contra tuberculose é a vacinação, que garante a proteção do organismo contra formas graves da doença. A vacina indicada, BCG, deve ser aplicada em todas as crianças a partir do nascimento.

Além disso, adote hábitos saudáveis, como alimentação adequada e a prática regular de exercícios físicos. Além disso, mantenha a casa arejada e limpa, já que a transmissão da bactéria acontece pelo ar.

Evite, também, permanecer em locais onde há suspeita de infectados e, caso entre em contato com um doente, procure atendimento médico.

Tratamento

O tratamento da tuberculose é realizado por meio da administração de medicamentos durante o período de 6 meses, diariamente e sem interrupções.

Quando feito de forma correta, as chances de cura são de 95% e, após 15 dias do início do tratamento, o paciente já para de transmitir a doença.

Um problema, contudo, é a interrupção do tratamento. Como é um tratamento longo, muitas pessoas se “sentem curadas” e deixam o tratamento de lado, isso é um erro seríssimo que pode, inclusive, agravar a situação da doença.

Conclusão

E aí? Já está seguindo todas as recomendações? Apesar de ser uma doença antiga e passível de ser prevenida e tratada, a tuberculose ainda atinge e mata muitas pessoas no mundo. Por isso, seu combate é tão essencial.

Siga nossas dicas de prevenção e, ao sentir os sintomas, procure um médico o mais rapidamente possível. Quanto mais cedo a tuberculose for identificada, menores são os níveis de transmissão e maiores as chances de cura. Acompanhe nosso blog e receba dicas sobre saúde toda semana. 

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A tuberculose (TB), é uma doença infecciosa que afeta principalmente o parênquima pulmonar, e geralmente é causada pela Mycobacterium tuberculosis.

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Quais precauções devem ser tomadas com os pacientes com tuberculose?

Anamnese:

O enfermeiro deve coletar o histórico pessoal e familiar do indivíduo, tendo como foco os sinais e sintomas da doença e os hábitos do paciente.

  • Doença pulmonar: As manifestações clássicas são tosse persistente (> 15 dias), febre vespertina, sudorese noturna e perda ponderal. A forma primária é mais comum em crianças, sendo frequentemente insidiosa.

A reativação pode ocorrer em qualquer idade, mas a incidência é maior em adolescentes e adultos jovens.

Os clientes idosos podem apresentar manifestações atípicas, como comportamento incomum ou transtorno do estado mental, febre, anorexia e perda de peso. Em geral, os clientes idosos exibem sintomas menos pronunciados do que os clientes mais jovens.

Os fatores de risco mais comuns são:

  • Contato íntimo com alguém que apresenta TB ativa;
  • Estado imunocomprometido (p. ex., indivíduos idosos, câncer, terapia com corticosteroides e HIV);
  • Uso de drogas injetáveis e alcoolismo;
  • Cuidado de saúde inadequado (p. ex., moradores de rua ou extremamente pobres, minorias, crianças e adultos jovens);
  • Condições clínicas preexistentes, incluindo diabetes mellitus, insuficiência renal crônica, silicose e desnutrição;
  • Imigração de países com alta prevalência de TB (p. ex., Haiti, Sudeste Asiático);
  • Institucionalização (p. ex., instituições de cuidados prolongados, prisões);
  • Condições de vida (i. e., em residência abaixo dos padrões e em condições aglomeradas);
  • Ocupação (p. ex., profissionais de saúde, particularmente os que realizam atividades de alto risco).

Exame Físico:

Na doença pulmonar, o exame físico é, muitas vezes, inexpressivo. À ausculta pode haver redução do murmúrio vesicular com redução do frêmito toracovocal quando há derrame pleural e/ou pectoriloquia quando há consolidação parenquimatosa pulmonar.

Exames complementares devem ser solicitados:

  • Teste cutâneo para TB (teste de Mantoux); teste QuantiFERON-TB Gold (QFT- G), teste QuantiFERON-TB Gold in-tube (QFT-GIT), teste para TB T-SPOT (T-Spot) e teste Xpert MTB/RIF;
  • Radiografia de tórax;
  • Esfregaço de escarro para bacilo álcool-acidorresistente (BAAR), seguido de cultura se o esfregaço for positivo;
  • Outras avaliações, incluindo história completa e exame físico e suscetibilidade a medicamentos, se os resultados forem positivos.

Terapia Farmacológica:

As diretrizes recomendadas de tratamento para casos recém-diagnosticados de TB pulmonar têm duas fases: uma fase de tratamento inicial (medicamentos administrados diariamente durante 8 semanas) e uma fase de continuação (um período adicional de 4 a 7 meses).

  • O tratamento da fase inicial consiste em um esquema diário de múltiplos medicamentos com agentes de primeira linha e vitamina B6. A fase de continuação do tratamento inclui isoniazida (INH) e rifampicina ou INH e rifapentina
  • Os medicamentos de primeira linha incluem INH, rifampicina, pirazinamida (PZA) e etambutol, diariamente, durante 8 semanas e com continuação por um período de 4 a 7 meses. Dispõe-se de combinações como INH e rifampicina, ou INH, PZA e rifampicina, e medicamentos administrados 2 vezes/semana (p. ex., rifapentina) para ajudar a melhorar a adesão do cliente ao tratamento; entretanto, essas combinações têm custo elevado
  • Os medicamentos de segunda linha incluem capreomicina, etionamida e ciclosserina
  • A INH também é usada como medida profilática para indivíduos que correm risco de TB.

Diagnósticos de Enfermagem:

  1. Nutrição Desequilibrada: menor do que as necessidades corporais;
  2. Déficit de conhecimento;
  3. Conhecimento deficiente sobre o regime terapêutico;
  4. Dor aguda;
  5. Ansiedade;
  6. Intolerância a atividade a ser realizada pelo paciente;
  7. Padrão respiratório comprometido;
  8. Troca de gases prejudicada;
  9. Hipertermia;
  10. Mobilidade física prejudicada (dor);
  11. Fadiga;
  12. Controle de medicamentos;
  13. Risco de Infecção.

Intervenções de Enfermagem:

  • Monitoração nutricional;
  • Controle nutricional;
  • Ensino: dieta prescrita;
  • Melhora da Educação em Saúde;
  • Ensino: indivíduo;
  • Ensino: processo da doença;
  • Educação em saúde;
  • Controle da dor;
  • Administração de medicamentos;
  • Redução da Ansiedade;
  • Apoio Emocional;
  • Toque terapêutico;
  • Monitorização dos sinais vitais;
  • Oxigenoterapia;
  • Assistência Ventilatória;
  • Cuidados com o repouso no leito;
  • Controle de medicamentos;
  • Tratamento da febre;
  • Controle do ambiente;

Resultados Esperados:

  1. Conhecimento: comportamento da saúde;
  2. Promoção da saúde;
  3. Cuidados na doença;
  4. Melhora do padrão respiratório
  5. Controle da dor;
  6. Nível de desconforto;
  7. Tolerância a atividade;
  8. Nível de Fadiga;
  9. Conservação de energia;
  10. Repouso;
  11. Resposta à ventilação mecânica;
  12. Estado respiratório: permeabilidade das vias aéreas;
  13. Controle de riscos comunitários: doenças contagiosas.

Monitoramento da resposta ao tratamento:

  • BAAR de escarro mensal: se BAAR positivo no final do segundo mês de tratamento ou se voltar a positivar após negativação, solicitar cultura para teste de sensibilidade.
  • Avaliação clínico-laboratorial mensal, focando evolução da doença e possíveis efeitos colaterais.

Quais precauções devem ser tomadas com os pacientes com tuberculose?

Referências:

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: Recurso eletrônico. 1ª edição atual. Brasília, 2016.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para controle da tuberculose no Brasil. Brasília, 2011.
  • Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico-cirúrgica / revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução Patricia Lydie Voeux. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
  • TANNURE, M. C.; GONÇALVES, A. M. P.. Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
  • CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 358/2009. Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem [Internet].
  • DUNCAN BB, SCHMIDT MI, GIULIANI ERJ. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
  • RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Tuberculose. 1ª ed. Rio de Janeiro: SMS, 2016.
  • JOHNSON, M.; BULECHEK, G.; BUTCHER H.; DOCHTERMAN, J.M., MAAS M. Ligações entre: NANDA, NOC e NIC: Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2013.
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Quais precauções devem ser tomadas com os pacientes com tuberculose?

Enfermeira bacharel e licenciada pela Universidade Federal Fluminense ⦁ Editora chefe técnica do Nursebook ⦁ Neonatologista através do Instituto Fernandes Figueira / FIOCRUZ (2014-2016) ⦁ Mestre pela Universidade Federal Fluminense (UFF)

Qual precaução para paciente com tuberculose?

Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose. O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

Quais os cuidados de enfermagem ao paciente com tuberculose?

Intervenções de Enfermagem:.
Monitoração nutricional;.
Controle nutricional;.
Ensino: dieta prescrita;.
Melhora da Educação em Saúde;.
Ensino: indivíduo;.
Ensino: processo da doença;.
Educação em saúde;.
Controle da dor;.