Qual a diferença de simpatia e trabalho

Joana Sim�o Val�rio

Psic�loga cl�nica
Publicado no Psicologia.pt a: 2018-02-04

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Qual a diferença de simpatia e trabalho

Os conceitos de simpatia e empatia, apesar de muito utilizados, continuam a ser objeto de confus�o e nem sempre s�o empregues da forma mais adequada.

Podemos entender a simpatia como um sentimento de afinidade com determinada pessoa, que leva o indiv�duo a estabelecer uma harmonia no encontro com ela. Simpatizamos com amigos e com as pessoas com quem partilhamos afinidades, interesses e valores e nas quais reconhecemos alguma compatibilidade e complementariedade com o nosso funcionamento.

Por seu lado, a empatia implica a capacidade de nos posicionarmos no lugar do outro para compreendermos a sua realidade interna, independentemente da pessoa em quest�o, de estarmos ou n�o de acordo com ela ou de simpatizarmos ou n�o com ela. A empatia genu�na est� ao servi�o da comunh�o emocional, da aceita��o e do respeito pelo outro e pela sua realidade, o que implica uma atitude de n�o julgamento e de despojamento de preconceitos do pr�prio.

Demonstrar simpatia por algu�m, isto �, gentiliza e amabilidade, sendo-se amistoso, agrad�vel e educado, n�o implica necessariamente que tamb�m se seja emp�tico. Muitas vezes, a simpatia pode at� esconder uma empatia diminuta, nos casos em que a simpatia � utilizada para agradar e estimular no outro sentimentos positivos em rela��o a n�s, com o intuito de se obter algum tipo de aprova��o e valoriza��o narc�sica.

Quando somos emp�ticos, posicionamo-nos no lugar do outro para nos sentirmos em sintonia com as suas emo��es e acedermos � compreens�o do seu funcionamento. Este movimento emp�tico implica olhar o outro com isen��o, isto �, um olhar despojado dos pr�prios valores e preconceitos, reconhecendo e aceitando que h� diferentes maneiras de operar.

A boa capacidade emp�tica pode ser entendida como a capacidade de entender o outro tendo como enquadramento a realidade deste e nunca utilizando como refer�ncia a nossa experi�ncia subjetiva. Quando colocamos os pr�prios sentimentos no outro, acabamos por incorrer numa confus�o entre o eu e o outro. Exemplo disso, � o caso da pessoa que fica muito aflita ao percecionar o sofrimento de um animal que est� com frio, ou que lhe prepara uma festa de anos como se isso tivesse significado para ele,  na medida em que j� o v� na perspetiva de um humano e n�o enquanto um animal. Neste tipo de situa��es, em que a pessoa transporta para o outro a sua realidade, fica dificultada a possibilidade de conhecer e entender o outro tal como ele �, na sua alteridade e singularidade. As dificuldades de comunica��o nas rela��es interpessoais, nomeadamente nas rela��es conjugais, traduzem muitas vezes lacunas na empatia que n�o permitem a um dos conjujes colocar-se no lugar do outro, impondo ao inv�s a sua maneira de ser e estar na vida.

Na psicoterapia, o movimento emp�tico � fundamental para se entrar em sintonia com o sofrimento do paciente mas importa n�o se tomar essas dores ou se ficar colado a elas, j� que tal diminui a capacidade de ajuda. Depois de se ter captado essa informa��o, importa ao psicoterapeuta fazer o movimento de retorno � sua posi��o e a partir do seu �ngulo poder devolver um sentido ao que est� a ser manifestado, de uma forma mais clara, n�tida e ajustada � pessoa em quest�o.

Joana Val�rio

Qual a diferença de simpatia e trabalho

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Joana Val�rio � Psic�loga, Membro Efetivo da Ordem dos Psic�logos e especialista em Psicologia Cl�nica e da Sa�de e Especialista em Psicologia da Educa��o. Possui licenciatura e mestrado em Psicologia (�rea de especializa��o de Psicologia Cl�nica) pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Realizou forma��o em Psicoterapia Psicanal�tica pela Associa��o Portuguesa de Psican�lise e Psicoterapia Psicanal�tica e � Formadora Certificada pelo Instituto do Emprego e Forma��o Profissional (IEFP). Desenvolveu atividade cl�nica no Servi�o de Psicologia e na Equipa de Almada (consulta externa e internamento) do Hospital Psiqui�trico Miguel Bombarda, ao n�vel da avalia��o psicol�gica e psicoterapia. Exerceu atividade como formadora e, desde 2012, � t�cnica do Centro de Recursos para a Inclus�o da Cerci, integrada no projeto de parceria com os agrupamentos de escolas locais, onde presta acompanhamento psicol�gico e psicopedag�gico aos alunos referenciados com necessidades educativas especiais. Exerce cl�nica privada e, desde Mar�o de 2016, integra a Equipa da ClaraMente, Servi�os de Psicologia Cl�nica e Psicoterapia, que visa a promo��o da sa�de mental e da qualidade de vida daqueles que a procuram.

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O que é simpatia e dê exemplo?

substantivo feminino Atração que algo ou alguém é capaz de provocar em outra pessoa. Quem tem o hábito de ser muito delicado e agradável. Sentimento de reconhecimento ou consentimento que se desperta em outra pessoa: obteve a simpatia do chefe. Estado sentimental que se assemelha ao amor.

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Em geral, as pessoas se sentem mais felizes, dispostas e começam a sonhar com mais frequência com a pessoa amada. O mesmo ocorre na pessoa amarrada, ela passa a sentir um interesse repentino por determinada pessoa e é influenciada pelas boas vibrações das entidades de luz a conhecer mais sobre aquela pessoa".