Qual a importância da descoberta para a história da humanidade?

Os estudos e conclusões dos três ganhadores do Nobel de Física deste ano comprovam que Shakespeare não se equivocou ao afirmar que há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa filosofia

Qual a importância da descoberta para a história da humanidade?
Para os que vivem com a cabeça, literalmente, no mundo da lua, o ano de 1929 não foi marcado, somente, pela grande depressão que assolou os Estados Unidos da América. Foi nessa época que se estabeleceu, por meio de dados observacionais, que o Universo está, definitivamente, em expansão.

Levando-se em conta que a Terra não é o centro do universo- o que, de fato, não é- cosmólogos, ainda nessa época, observaram que as galáxias não somente se afastavam da Terra, como umas das outras, e dizer que o Universo está em expansão baseia-se, justamente, nessas observações.

Por mais trivial que o fato pareça, tal confirmação, naquele momento, foi uma grande revolução. “Acreditava-se, na época, que o Universo era estático. Uma vez que se tinha o dado de que as galáxias estavam se afastando, pensou-se na hipótese de que, em algum momento, já estiveram muito próximas. Foi baseado nisso que se construiu a famosa ‘teoria do Big Bang’, que atribui uma origem ao Universo”, afirma Daniel Augusto T. Vanzella, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e estudioso do assunto.

Especialistas começaram a elaborar modelos. As galáxias se distanciavam, graças ao próprio “Big Bang”: a explosão teria dado uma velocidade inicial à matéria, responsável por, até hoje, mantê-las [as galáxias] se afastando e, por isso, cada vez mais distantes entre si. “A conclusão foi pensar que, de fato, o Universo estava se expandindo. Mas, também se achava que, com o tempo, essa velocidade diminuiria graças à força gravitacional”, explica Daniel.

A segunda descoberta revolucionária no cosmos

Pelas razões acima, a expansão do Universo era vista como desacelerada. Isso significa dizer que, na luta entre gravidade e velocidade, a vencedora seria a primeira, fazendo com que, em algum momento, as galáxias deixassem de se afastar. Mas, não foi isso que Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, os três estadunidenses ganhadores do Nobel de Física, notaram.

Através da observação de “Supernovas” (processo pelo qual uma estrela passa ao final de sua vida, trazendo como resultado final sua explosão), os cientistas puderam calcular a distância entre essas estrelas e a Terra, assim como sua velocidade de afastamento. Pelo gráfico “distância versus velocidade”, concluíram que o Universo, não somente está se expandindo, mas de maneira acelerada. “Isso revolucionou toda a visão da cosmologia, pois, para que haja uma expansão, e de maneira acelerada, é preciso que se provoque um tipo de força de repulsão entre as galáxias, para se afastarem cada vez mais rápido”, elucida o docente.

A força gravitacional, única responsável por governar as galáxias distantes entre si (o que se pensava, até então), perderia seu papel principal para dar espaço a uma, ainda mais poderosa, força. Tão grande que, em pleno século XXI, nenhum especialista no assunto conseguiu descobrir o que ela é, sendo batizada, por esse motivo, com um nome muito sugestivo: energia escura, causa da força repulsiva entre as galáxias. “Com esses dados, infere-se a existência dessa energia, e que sua quantidade é 70% do total de energia que forma tudo o que existe no Universo, muito diferente da matéria ‘comum’, responsável por dar forma a todos os objetos ao nosso redor, incluindo nós mesmos”, explica Daniel.

Qual a importância da descoberta para a história da humanidade?
Os resultados a que os cientistas chegaram não foram descobertos da noite para o dia. Mas, graças a esses estudos, chegou-se a uma energia que, não só é intrigante, como muito poderosa. “Só poderemos dizer o que vai acontecer com o Universo daqui para frente quando conseguirmos definir as propriedades daquilo que o compõe significativamente, que é a energia escura. O modelo mais simples define que o Universo se expandirá de maneira cada vez mais rápida, até entrar numa fase de expansão exponencial, que vá durar para sempre”, conta Daniel.

Mesmo que revolucionário, e até um pouco amedrontador, dificilmente os humanos serão afetados por esse processo, que têm previsão de atingir a Terra- se atingi-la- nos próximos bilhões de anos. “Se a raça humana não tiver entrado em extinção até lá, ou será preciso procurar uma estrela mais jovem para morar ou estaremos limitados pela escala de vida do Sol, que tem mais cinco bilhões de anos pela frente”, afirma o docente.

Com esse novo fato, os estudos de cosmólogos, certamente, serão alterados para tentar descobrir, principalmente, do que se trata a energia escura e quais consequências ela pode trazer ao Universo. “Observando-se o fenômeno das Supernovas, percebeu-se que as estrelas estão com um brilho mais fraco, o que se leva a pensar na expansão mais rápida do Universo, mas essa é a explicação mais simples desse fenômeno. Por outro lado, já existem várias outras informações que casam com esse fato, motivo pelo qual a comunidade científica já tem o aceitado”, conta Daniel.

Independente de qualquer coisa, de todas as informações acima que, no presente, devem ganhar bastante atenção, uma coisa é fato: há uma poderosa energia que rodeia o Universo e ela precisa ser conhecida, para que, num futuro distante, saibamos como lidar com ela. Isso se a humanidade ainda estiver por aqui, para escrever essa história.

Assessoria de Comunicação

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Qual a importância de descobertas com essa para a história da humanidade?

Para a ciência, a descoberta de um mais um ancestral humano é de grande importância. Primeiro, porque é mais uma prova de que a evolução aconteceu e vai continuar acontecendo. Além disso, é essencial para que possamos entender a diversidade da natureza e também a nossa história evolutiva.

Que informações sobre a história da humanidade foram reveladas com essa descoberta?

Resposta: A descoberta de Lucy, juntamente com outros esqueletos dos primeiros seres humanos em África, mostra que foi aqui, neste continente, que nasceu a humanidade. ... Tudo isto são inovações africanas, que mostram que toda a humanidade tem origem africana", constata , diz Robert Blumenschine.

Qual foi a maior descoberta do ser humano?

CONHEÇA 15 DAS MAIORES INVENÇÕES E DESCOBERTAS CIENTÍFICAS DA HUMANIDADE.
1 – Papiro e pergaminho. Pergaminho é o nome dado a uma pele de animal, geralmente de cobra, carneiro, cordeiro ou ovelha, preparada para a escrita. ... .
2 – Barco. ... .
3 – Vidro. ... .
4 – Lâmpada. ... .
5 – Medidas de tempo. ... .
6 – Motor a vapor. ... .
7 – Prensa. ... .
8 – Avião..

Como seria a vida do ser humano sem a descoberta do fogo?

Sem a descoberta do fogo o ser humano jamais teria conseguido desenvolver a culinária e nem preparar pratos sofisticados, de modo que não teria acesso a alimentos (como carnes) que permitiram o desenvolvimento do cérebro humano, de modo que, sem o fogo, nossa espécie não seria a mesma.